Maioria de professores de SP recebem aposentadoria superior a 10 000 reais

Valor é quase dez vezes maior do que a média dos salários dos aposentados pelo INSS

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 31 jan 2019, 17h27 - Publicado em 31 jan 2019, 12h22
Professores fazem protesto no dia da votação do projeto da reforma da previdência na Câmara Municipal (Reprodução/Veja SP)
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Cerca de 63% dos professores aposentados da rede pública municipal paulistana recebem pelo menos 10 000 reais por mês. No caso dos diretores de escola das mesmas instituições, aproximadamente 74% ganham aposentadoria igual ou superior a 16 000 reais.

Os dados estão disponíveis no portal Contas Abertas, da própria prefeitura, e são referentes ao mês de janeiro deste ano. A rede do município conta com 29 067 professores e 1 824 diretores aposentados.

Para efeito de comparação, o teto do INSS é de 5 832,11 reais. A média salarial dos aposentados pelo regime era de 1 318,78 reais em outubro passado, o último dado atualizado pelo instituto. Isso é pouco mais do que 10% do que recebem a maioria dos professores aposentados do município de São Paulo.

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Para quem se aposenta na rede de ensino particular pelo INSS, a média salarial é de 3 003 reais. Se incluir as demais carreiras da esfera privada, fica em 1994,67 reais. 

Segundo a prefeitura, o rombo na previdência municipal é de 5,4 bilhões de reais. A previsão era de que, em 2019, esse valor subisse para 6,1 bilhões de reais. Com o aumento da contribuição, a administração deixará de gastar aproximadamente 400 milhões de reais.

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Um projeto de reforma previdenciária municipal foi aprovado pela Câmara dos Vereadores no último dia 26 de dezembro e sancionado no dia seguinte pelo prefeito Bruno Covas. Com a nova regra, a contribuição dos funcionários públicos passará de 11% para 14%. Além disso, o projeto estabelece a criação de um sistema complementar para novos trabalhadores, com remuneração superior ao teto de 5 600 reais.

Na segunda-feira (28), em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, Covas se referiu à questão. “Nossa reforma não foi apenas para aumentar a alíquota. Agora não tem mais aposentadoria no valor integral. Mexemos em uma disparidade que era muito grande”, declarou.

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