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Mãe e padrasto de menina maltratada em vídeo são indiciados por tortura

Polícia concluiu o inquérito que investiga maus-tratos em Araçatuba; Empresário foi transferido para penitenciária de Andradina

Por Redação Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 14h01 - Publicado em 4 out 2014, 13h02

A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (3) o inquérito que investiga o empresário Maurício Moraes Scaranello, de 35 anos, por maus-tratos contra sua enteade de 3 anos em Araçatuba (SP). O caso será encaminhado ao Ministério Público e, a partir de agora, os promotores vão continuar as investigações e devem intimar novamente ele e a mãe da criança, além de  testemunhas para definir qual será o futuro do casal. Os dois foram indiciados pelos crimes de tortura e por guardar material considerado pornográfico da criança.

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Scaranello continua preso. Na manhã da sexta-feira (3) ele foi transferido para penitenciária de Andradina, no interior do estado. No local, ele permanecerá em uma cela especial usada por detentos que correm algum tipo de risco. A polícia não descarta a possibilidade de pedir a prisão de Sara de Andrade Ferreira, de 21 anos, a mãe da garota. Ela nega ter participado dos vídeos em que a criança é maltratada. De acordo com a delegada Luciana Frascino, a mãe da menina também foi indiciada. “Ela participou em alguma parte do crime. Em nenhum momento houve agressão física, mas era feita uma tortura psicológica”, afirma. Exames médicos mostraram que a criança não sofreu abuso sexual.

 

A menina de três anos deve o passar o fim de semana inteiro em um abrigo, cuidada pelo Conselho Tutelar. A análise dos pedidos de guarda feitos pelo pai e pela avó materna leva pelo menos 10 dias.

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O casal afirma que os vídeos eram brincadeiras. Apesar de vídeos divulgados na internet mostrarem ele incentivando a garota a comer cebola e impedindo-a de dormir, o advogado de Scaranello, William Paula de Souza, classificou as imagens como brincadeiras “de mau gosto”, comparando a situação com as “vídeo-cassetadas”.

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Ele disse ainda que as fotos da menina nua encontradas no celular de seu cliente não têm “conotação sexual ou libidinosa”. Por isso, Souza entrou ontem com pedido de relaxamento de flagrante e espera a libertação do empresário.

Caso

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Após receber denúncias anônimas de tortura, a polícia foi até o condomínio onde Maurício Scaranello mora com a criança e a mãe dela com um mandado de busca e apreensão na última sexta-feira (26). Os agentes encontraram o empresário na portaria e a menina sozinha em um quarto da residência. Ela tinha marcas de queimadura por cola nas pernas e genitálias. Ele foi detido em flagrante e transferido para uma prisão em Penápolis.

 

Maurício Scaranello vive com a mãe da criança há um ano e meio. Computadores da residência foram levados para a análise da perícia.

 

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