Houve um tempo em que os carros eram equipados com um trambolho na traseira que mais parecia uma churrasqueira. Automóveis assim circularam nas ruas paulistanas entre 1942 e 1945, durante a II Guerra Mundial. Por causa de um racionamento de gasolina, o país adotou o gasogênio, aparelho capaz de queimar carvão e transformá-lo em monóxido de carbono. O combustível alternativo foi usado até em corridas automobilísticas. Inaugurado em 1940, o Autódromo de Interlagos sediou provas com carros movidos a gasogênio. Numa delas, em 1944, o piloto Chico Landi sagrou-se campeão com seu Buick Amélia. Episódios como esse são narrados no romance histórico Alarm!, do jornalista Roberto Muylaert, que conta a preparação da cidade para a guerra sob o ponto de vista do tripulante de um submarino nazista.