Liminar da Justiça proíbe paralisação de Metrô e CPTM por greve
Decisão atendeu a um pedido da Secretaria de Transportes Metropolitanos, que classificou a iniciativa como "ideológica"
A Justiça de São Paulo proibiu nesta quarta-feira (12), em caráter liminar, a paralisação dos serviços do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante a greve geral marcada para sexta-feira (14).
A decisão atendeu a um pedido da Secretaria de Transportes Metropolitanos, que administra as duas empresas, a fim de impedir que os paulistanos fiquem sem os serviços.
A liminar obriga que 100% dos funcionários da CPTM trabalhem durante todo o período de operação e estabelece que 80% dos servidores do Metrô estejam a postos ao longo do dia, sem contar os momentos de rush.
“O Metrô conseguiu liminar para manter 100% do quadro de servidores no horário de pico”, diz uma nota divulgada pela pasta. “No momento em que vivemos, esta greve contraria os objetivos do país, ao prejudicar a mobilidade de quem vive em São Paulo e precisa se locomover para trabalhar.”
A secretaria informou, no texto, que considera a greve uma “paralisação ideológica” e pede bom senso das categorias que aderiram ao movimento. “A pasta conta com o bom senso das categorias para que não prejudiquem mais de 8 milhões de trabalhadores que dependem diariamente do Metrô e da CPTM.”
O descumprimento da decisão pode gerar multa de 200 000 reais ao Metrô e 500 000 reais à CPTM.