Kim Kataguiri está em lista dos 30 jovens mais influentes da ‘Time’
Rapaz, de 19 anos, é um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que pede a saída da presidente Dilma Rousseff do cargo
Um dos líderes do Movimento Brasil Livre, de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), Kim Kataguiri, de 19 anos, figura na lista dos trinta jovens mais influentes eleitos pela revista americana Time.
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A relação, divulgada nesta quarta (28) no site da publicação, descreve o rapaz como “jovem libertário, que ganhou notoriedade primeiramente com sátiras no Youtube, e que está liderando um movimento de pressão contra o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores”.
A Time cita ainda que o jovem é admirador de Ronald Reagan e Margareth Tachter, considerados bastiões do neoliberalismo, conceito descrito pelo economista alemão Alexander Rüstow e que preconiza um estado mais enxuto.
Kim tem sido um dos principais nomes nas mobilizações pró-impeachment da presidente Dilma. Em 15 de março deste ano, várias cidades do país se mobilizaram contra o governo e a corrupção.
Além de Kim, figuram na lista a modelo Kendal Jenner, de 19 anos, irmã da socialite Kim Kardashian, Zendaya Maree Stoemer, também de 19 anos, que foi estrela da Disney Channel, Katie Ledecky, de 18 anos, apontado como o próximo Michel Phelps (maior campeão olímpico de natação) e Malala Yousafzai, de 18 anos, que quase foi morta por Talebã e ganhou um Nobel da Paz no ano passado. A lista completa por ser vista aqui.
Confira abaixo a entrevista de Kim a VEJA SÃO PAULO:
Quando você recebeu a notícia de que estava na lista da Time?
Recebi a notícia há dois dias, na segunda-feira (26).
Como você reagiu?
Começamos o Movimento Brasil Livre por dois motivos: achamos que o Partido dos Trabalhadores é uma ameaça à República e a vontade de fazer com que esse discurso vire uma revolução de massa. E quando chegam reconhecimentos como esse eu acho maravilhoso. Se o movimento ganhou visibilidade dessa proporção, significa que as coisas estão funcionando e a mensagem está se popularizando.
Quantas pessoas encabeçam hoje o MBL, movimento do qual você é um dos líderes?
São cerca de 180 líderes nacionais, estaduais e municipais.
Quais são as próximas ações do MBL?
No momento, estou acampado em frente ao Congresso Nacional pressionando para que o impeachment da presidente Dilma ganhe força. Mas, em curto prazo, estamos com um evento marcado para os dias 28 e 29 de novembro em São Paulo. Vamos discutir com todas as lideranças estaduais e nacionais sobre uma nova fase mais propositiva e menos reativa do movimento. Lá, nós também lançaremos um aplicativo onde cada integrante pode criar redes de amizade e discussões, além de provas com pontuações que podem levar a uma eventual candidatura em um dos cinco partidos que apoiamos.
Quais são os partidos que vocês apoiam?
PPS, PSDB, DEM, NOVO E PSC
O aplicativo foi desenvolvido com quem?
Pessoas que nos acompanham nas redes sociais se ofereceram para criar a plataformar.
Você pensa em carreira política?
Por enquanto não. Meu trabalho no ano que vem vai ser de apoiar as candidaturas dos participantes do movimento e viajar o Brasil com esse trabalho. Também estou escrevendo um livro sobre como tratar política com humor junto do também integrante do MBL Renan Santos. Além disso, um dos meus principais compromissos ainda é com o canal do Youtube onde comecei com o engajamento nas causas.