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Justiça decide manter esquartejador Chico Picadinho preso

Francisco Costa Rocha está preso há mais de 40 anos pelo assassinato de duas mulheres. Pela lei, condenados não cumprem pena maior que 30 anos

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 12 dez 2017, 20h31 - Publicado em 12 dez 2017, 20h30
Capa Presos (15)
Capa Presos (15) (Helvio Romero/Estadão Conteúdo/Veja SP)
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter em prisão psiquiátrica, mesmo após ter ultrapassado o tempo legal para soltura, o preso Francisco Costa Rocha, de 75 anos, que ficou conhecido como Chico Picadinho após matar e esquartejar duas mulheres, nas décadas de 1960 e 1970, em São Paulo. A decisão, dada no dia 27 de novembro, foi divulgada nesta terça-feira (12). A Defensoria Pública, que atende o réu, pode pedir uma nova avaliação. O condenado cumpre pena na Casa de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Taubaté, no interior de São Paulo.

Chico Picadinho está preso há mais de 40 anos – pela lei de execuções penais brasileira, um condenado não fica mais do que 30 anos cumprindo pena, a não ser em casos excepcionais. Em março deste ano, a juíza da Vara de Execuções de Taubaté, Sueli Zeraik de Oliveira Armani, concedeu liberdade ao preso. O juiz da Vara Cível Jorge Alberto Passos entrou com recurso por entender que Chico Picadinho não estava apto a voltar a convívio social.

Para o juiz, o fato dele estar na Casa de Custódia e não em outro estabelecimento penal indicava o cumprimento de medida protetiva diferenciada. Esse entendimento foi acatado pelo TJ, que decidiu tratar-se de caso de “tratamento de interdito”, e não de privação de liberdade, já que “dadas as características particulares da espécie, entendeu-se recomendável que permaneça em custódia, para seu próprio benefício”.

Crimes

Atualmente com 75 anos, Chico Picadinho matou e esquartejou duas mulheres em 1966 e 1976, respectivamente, na capital paulista. Sua primeira vítima foi uma bailarina austríaca que vivia havia poucos anos no Brasil. Depois de matá-la estrangulada, ele desmembrou o corpo e colocou os pedaços em uma sacola. Preso, foi solto dez anos depois, por bom comportamento.

Sua segunda vítima, uma prostituta, também teve o corpo meticulosamente retalhado e as partes, jogadas em um vaso sanitário e uma caixa.

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