Justiça condena mais quinze policiais e conclui caso do Carandiru
Nas quatro fases do julgamento em primeira instância, 73 PMs foram sentenciados pela morte de 111 presos. Réus podem recorrer em liberdade
Passados quase 22 anos, chegou ao fim o julgamento em primeira instância dos policiais envolvidos no chamado massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 1992. O Tribunal do Júri de São Paulo condenou ontem quinze policiais militares a 48 anos de prisão cada um. Eles podem recorrer em liberdade.
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Devido ao grande número de vítimas e de réus, o julgamento teve quatro fases, divididas de acordo com os pavimentos do presídio. Ao todo, 73 PMs foram condenados pela morte de 111 presos.
Os PMs condenados pelo Júri ontem pertenciam ao Comando de Operações Especiais (Coe), que invadiu o 3º andar do Carandiru.
Antes, na primeira fase do julgamento em abril do ano passado, 23 policias das Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) foram sentenciados a 156 anos de prisão pela morte de 13 detentos.
Pouco depois, em agosto de 2013, a segunda fase sentenciou outros 25 policiais da Rota a 624 anos de prisão cada um pelo assassinato de 52 pessoas. No mês passado, nove policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram ainda condenados a 96 anos de prisão e outro a 104 anos, pela morte de oito detentos.