Jornalista que já testou mais de 1 000 carros lança livro
Paulo Campo Grande, editor da QUATRO RODAS, vai autografar <em>O Homem que Dirigiu Tudo</em> nesta quinta no Salão do Automóvel. Em entrevista, ele conta seus momentos mais incríveis dentro dos veículos
Com 23 anos de experiência em jornalismo automotivo, Paulo Campo Grande, 50, lança o livro O Homem que Dirigiu Tudo (ed. Abril) nesta quinta-feira (30), às 15h, no Salão do Automóvel, na Zona Norte de São Paulo. O jornalista já dirigiu de tudo. Do Fusca ao Fórmula 1, da VW Kombi a um VW Shwimmwagen, da Segunda Guerra Mundial. Nas 250 páginas do livro, 102 modelos são mencionados.
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“Um momento inesquecível foi um dia ensolarado em que eu cheguei cedo no Campo de Provas e fiquei rodando sozinho”, conta o editor da revista QUATRO RODAS. “Asfalto à frente, a paisagem verde aos lados e o céu azul. O carro era um Mercedes-Benz Classe E, um sedã maravilhoso”.
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Ao fazer um comparativo entre um VW Gol GTi x Chevrolet Corsa GSI viveu seu pior episódio como profissional. Veja na entrevista abaixo:
– Qual o carro mais rápido que já dirigiu?
O carro com aceleração mais impressionante foi o Fórmula 1 Lotus-Renault E20, da temporada de 2012. Esse é um representante da última geração de carros equipados com motor V8. Depois disso, todos viraram V6. O ronco do V8 é de arrepiar. Segundo a Renault, esse carro vai de 0 a 100 km/h em cerca de 2 segundos. No que diz respeito à velocidade máxima, já atingi 300 km/h (no velocímetro), 285,7 km/h (velocidade real), ao volante de uma Ferrari F355.
– O mais antigo?
Talvez seja o VW Shwimmwagen, da Segunda Guerra Mundial. Mas entre os clássicos destaco o Mercedes 300 SL Asa de Gaivota e o Jaguar E-Type, dois dos carros mais belos de todos os tempos.
– Luxo puro?
Rolls Royce Ghost
– Potência ao extremo?
Bugatti Veyron Grand Vitesse, com 120 cavalos!
– Destaque para um popular?
O melhor popular? A VW Kombi, que acabou ficando de fora do livro, mas estava contemplada na primeira versão do texto. Caiu junto com outros carros, por falta de espaço. Se deixassem preencheria mais 200 páginas escrevendo sobre outros carros. Ao todo, menciono 102 veículos no livro. Isso representa cerca de 10% de tudo que já dirigi!
– Melhor momento?
Já tive muitos bons momentos dentro de vários carros. Mas um momento inesquecível foi um dia ensolarado em que eu cheguei cedo no Campo de Provas e fiquei rodando sozinho. Sem mais ninguém na pista. Somente eu, o carro e a pista (asfalto à frente, a paisagem verde aos lados e o céu azul acima). O carro era um Mercedes-Benz Classe E. Um sedã maravilhoso.
– Pior episódio?
Certa vez quando eu devia fazer um comparativo VW Gol GTi x Chevrolet Corsa GSI. A VW mandou um carro para fotos e ficou de mandar outro para o teste. Só que esse carro não chegou a tempo do fechamento. O fechamento foi adiado, por conta disso. Originalmente, o fechamento seria em uma sexta-feira. Mudou para segunda, porque o VW chegou no sábado. Não foi só isso. Levei o carro para a pista no sábado, nesse dia, aconteceu de tudo. O equipamento de testes apresentou problemas, choveu (impossibilitando a realização dos testes, uma vez que o asfalto molhado altera as condições de tração)… Por fim, acabei conseguindo testar o carro, escrever a matéria no domingo e fechar na segunda. Mas foi um grande estresse.
– Qual carro você indica para namorar?
Os sedãs de alto luxo, como o Audi A8, têm bancos e espaço comparáveis aos assentos de primeira classe dos aviões. Mas, quando o clima é bom, até um Fiat 500 pode ser um lugar bem agradável. O que importa é a companhia.
Serviço:
O Homem que Dirigiu Tudo – Os carros que marcaram a carreira de um dos mais experientes jornalistas automotivos do Brasil (ed. Abril / 250 pág. / R$ 29,90).