Cidades

Iniciativa paulistana é a única brasileira entre os contemplados pelo Stanley Creators Fund 2025

Instituto Ame Sua Mente recebeu 50 mil dólares para expandir seu programa de treinamento para educadores de escolas públicas com foco em saúde mental

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 10 abr 2025, 11h49 - Publicado em 9 abr 2025, 11h57

Na última sexta-feira (4), a Stanley 1913, badalada marca de copos térmicos, anunciou em Seattle, nos Estados Unidos, os beneficiários da segunda edição anual de seu programa de subsídios, o Stanley Creators Fund (Fundo de Criadores Stanley). A iniciativa filantrópica, que tem como finalidade capacitar líderes emergentes e empreendedores sociais que estão criando soluções para desafios urgentes, selecionou oito organizações sem fins lucrativos para receber, cada uma, a verba de 50 000 dólares, o equivalente a mais de 280 000 reais.

Na América do Sul, a única ONG contemplada foi o Instituto Ame Sua Mente, de São Paulo, que desenvolve projetos baseados em pesquisas com foco na promoção da saúde mental. Com o apoio do fundo, a instituição vai expandir o projeto “Ame Sua Mente na Escola”, um curso de treinamento para educadores de escolas públicas voltado para a educação e cuidados com a saúde mental.

“Receber um prêmio como esse tem uma importância muito grande, para um instituto que é relativamente jovem, de 5 anos, e que é extremamente bem organizado e focado com o propósito e com uma estratégia de intervenção muito objetiva. Ter sido o único instituto da América do Sul é um grande orgulho e reconhecimento pelo tipo de trabalho que a gente faz, que ainda é jovem, mas que tem uma perspectiva de crescimento muito grande no futuro”, afirma Rodrigo Bressan, psiquiatra, neurocientista e presidente-fundador do Ame Sua Mente.

Entre os outros projetos contemplados estão organizações que lidam com questões críticas, a exemplo da SafeBAE, da África do Sul, que visa transformar a maneira como as escolas lidam com a violência sexual e capacitar os adolescentes a reformular a cultura escolar, e a suíça SprinACT, criadora de “Sophia”, o primeiro chatbot orientado por IA que capacita as pessoas afetadas pela violência doméstica a reunir possíveis evidências, aprender sobre seus direitos e opções e buscar ajuda.

Bressan falou sobre a importância do reconhecimento pela fundação americana.

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Qual a importância para o projeto ser um dos beneficiários do Stanley Creators Fund 2025?

Receber um prêmio como esse tem uma importância muito grande, para um instituto que é relativamente jovem, de 5 anos, e que é extremamente bem organizado e focado com o propósito e com uma estratégia de intervenção muito objetiva. O fato de uma fundação internacional de uma marca tão bem estabelecida e sólida escolher o nosso instituto como o único da América do Sul é um grande orgulho e reconhecimento pelo tipo de trabalho que a gente faz, que ainda é jovem mas que tem uma perspectiva de crescimento muito grande no futuro.

Como o incentivo será usado, ou seja, de que forma ele ajudará o trabalho do Instituto?

O incentivo financeiro vai ser fundamental para a sustentação das ações do instituto, junto aos professores de escola pública, tanto em São Paulo quanto fora de São Paulo. A gente faz treinamentos e formação de professores sobre saúde mental, de forma que eles possam entender mais e reduzir o preconceito em relação a questões de saúde mental, reconhecer precocemente e encaminhar os jovens para que a gente faça uma prevenção de transtornos mentais graves.

Como foi a seleção e como recebeu o resultado?

O processo de seleção foi extremamente cuidadoso e transparente. A atenção da Stanley Creators Fund em cada etapa traduziu a seriedade da iniciativa. Quando recebemos o resultado, a alegria contagiou a todos. Foi uma grande conquista que chancela a forma como atuamos e a importância da nossa causa.