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Ilda Miniti Corigliano, 100 anos

Mesmo ao ficar viúva, com 66 anos, Ilda continuou vivendo sozinha em sua casa, na Aclimação

Por Giuliana Bergamo
Atualizado em 5 dez 2016, 18h49 - Publicado em 7 Maio 2010, 18h40

Chamada de dona Nenê pela família, Ilda Miniti Corigliano teve três filhos. Apenas um chegou à idade adulta, mas morreu aos 33 anos vítima do incêndio que destruiu o Edifício Joelma, em 1974. Seu semblante sereno, porém, não transparece tamanho sofrimento. Sempre que as bisnetinhas mais velhas, de 8 e 3 anos, chegam perto, ela aproveita para colar o rosto no das meninas e trocar beijinhos. Quando alguém pega no colo as duas caçulinhas, uma com 3 meses e outra com 20 dias, fica de olho para ver se elas estão seguras. Se alguém se senta ao seu lado, não hesita em dar as mãos macias e lisinhas. E ainda costuma brincar: “Tenho 100 anos. Pouco, não?”.

Dona Nenê nasceu no Brás. O marido, Attílio Corigliano, foi seu primeiro amor. “Naquela época, a gente namorava sentado no sofá da sala, com um parente no meio”, diz. “Só nos beijamos quando já éramos marido e mulher.” No dia do casamento, teve festança e uma linda cerimônia na igreja. “O padre foi à comemoração também.” Depois, o casal passou a lua de mel em Santos. “Meu marido foi muito bom para mim. Ele era extremamente carinhoso.”

Mesmo ao ficar viúva, com 66 anos, Ilda continuou vivendo sozinha em sua casa, na Aclimação, que mantém até hoje, e com a mesma empregada, de 83 anos, dos primeiros tempos do casamento. Há seis anos, no entanto, foi morar com sua nora, Elisabeth de Menezes Corigliano, mãe de seus três netos (na foto com as filhas, bisnetas de Ilda). “Costumo dizer que ‘sequestrei’ a dona Nenê”, brinca Elisabeth. “Ela ainda tem a casa dela, mas queremos que fique aqui comigo.” Passa o dia quietinha, cercada pelas empregadas. Fica mais feliz nos fins de semana, quando recebe a visita da família toda. “Tudo o que eu sempre quis foi ser querida por meus filhos, netos e bisnetos”, afirma. “E eles gostam de mim, olha só!”

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