Hotel Renaissance passa por sua primeira reforma
Para não perder a majestade, são investidos 2,9 milhões no hotel
Quando foi inaugurado, em setembro de 1997, o hotel Renaissance marcou época. Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, o moderno cinco-estrelas estava anos-luz à frente de concorrentes como o Hilton, então instalado na Avenida Ipiranga, ou o Maksoud Plaza e o Sheraton, nos Jardins. Quase treze anos depois, a idade co meça a pesar. Por isso, a Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Eco nômica Federal, que é proprietário do edifício, decidiu investir 2,9 milhões de reais em uma reforma, que começa pelo lobby, atualmente recortado por tapumes. A ideia é transformar a área de 1 200 metros quadrados num espaço de convivência entre hóspedes e pessoas que circulam pela re gião. “Vamos explorar melhor o potencial da área nobre que ocupamos”, afirma a arquiteta Gisela Bento Gonçalves, referindo-se à localização do hotel, entre as alamedas Santos e Jaú.
Gisela assina os ambientes internos — por fora, permanece tudo como no desenho original de Ohtake — seguindo as diretrizes da rede americana Marriott, que administra o Renaissance São Paulo. A principal mudança é a substituição do estilo clássico e austero, nos tons preto e vinho, por uma decoração contemporânea, feita de materiais como mármore travertino romano e madeira de demolição. Na versão paulistana, o projeto ganhou toques de natureza como bambu, trepadeiras e duas cascatas de 5,8 metros de altura. Como as obras estão sendo feitas em etapas, o hotel continua funcionando normalmente. Está prevista para março a entrega do sushi-bar, equipado com telão high-tech e uma bancada translúcida cuja iluminação vai variar conforme a música ou a ocasião.
Até o fim do ano, o balcão da recepção, as cabines de telefone e o piano de cauda devem ser aposentados. Todo o lobby será convertido em um grande lounge com ambientes integrados. Quem quiser privacidade poderá sentar-se às mesas de dois lugares localizadas ao lado de uma parede curva decorada com telas de artistas como Gustavo Rosa, Reynaldo Berto e Dalmau. Para os que preferem socializar, haverá pufes e mesas coletivas. Com tantas novidades, os cerca de 58 000 espectadores que frequentam o Teatro Renaissance ao longo do ano devem ter mais motivos para chegar antes dos espetáculos.