Hospital da Mulher recusa antendimento à vítima de violência e MP apura

Vítima ouviu que hospital não atendia vítimas de violência doméstica e ela só foi atendida após muita insistência; MP investiga se houve omissão de socorro

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
9 fev 2023, 13h59
Imagem aérea mostra prédio novo em quarteirão
Nova sede do Hospital da Mulher: um quarteirão em frente à Praça Princesa Isabel e perto do Liceu Coração de Jesus. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma investigação policial para apurar uma denúncia de que o Hospital da Mulher, no centro da capital, recusou atendimento a uma vítima de violência doméstica. O caso ocorreu no último domingo (5).

O caso foi revelado pela TV Globo e confirmado pela Vejinha. O MP vai investigar o hospital por omissão de socorro.

Desde o ano passado, o Hospital da Mulher mudou da Bela Vista para a Avenida Rio Branco, e passou a ser gerido por uma organização social, sob supervisão da Secretaria Estadual de Sáude.

De acordo com a denúncia, a mulher foi agredida pelo marido e, no dia seguinte, ela procurou o Hospital da Mulher antes de ir até uma delegacia, mas foi avisada por um segurança da unidade de saúde que vítimas de violência física não eram mais atendidas, somente vítimas de violência sexual. Depois de muita insistência, a vítima conseguiu ser atendida, mas o médico não fez um laudo sobre o atendimento da mulher, e uma funcionária teria recomendado que a mulher não registrasse boletim de ocorrência.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse se solidarizar com a vítima e que “determinou a apuração rigorosa do atendimento prestado e da conduta dos profissionais”. A pasta afirmou que se tiver havido qualquer irregularidade, os envolvidos serão responsabilizados nos termos da lei, e que a direção do Hospital da Mulher “irá reorientar os profissionais da unidade quanto à abordagem e recepção de mulheres vítimas de agressão, assim como os encaminhamentos que devem ser realizados nestes casos”.

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