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Haddad nega envolvimento em irregularidades na campanha de 2012

A Polícia Federal indiciou Haddad por falsidade ideológica, além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais cinco investigados

Por Estadão Conteúdo
15 jan 2018, 13h18
Fernando Haddad
Fernando Haddad negou envolvimento em irregularidades na campanha de 2012 (Ivan Pacheco/Veja SP)
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O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) se manifestou nesta segunda-feira (15) sobre o seu indiciamento pela Polícia Federal, pelo suposto crime de falsidade ideológica. Por meio de sua assessoria, Haddad negou enfaticamente envolvimento em irregularidades na campanha de 2012.

“Não há o mínimo indício de qualquer participação de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade, cujas declarações já foram colocadas sob suspeita em outros casos. O uso descuidado do indiciamento sem elementos concretos de prova banaliza o instituto que deveria ser reservado para situações em que ao menos haja indicio de envolvimento de alguém em atos ilícitos”, diz o texto.

“O delegado desconsiderou o depoimento do dono da gráfica, o empresário Francisco Carlos de Souza, que negou ter recebido recursos da UTC para quitar dívida de campanha do ex-prefeito Fernando Haddad.”

“O delegado também desconsiderou as provas apresentadas que atestam a suspensão da única obra da UTC na cidade, o túnel da Avenida Roberto Marinho, em fevereiro de 2013, data anterior portanto ao suposto pagamento. Da mesma forma que outras ações do delegado João Luiz de Moraes Rosa foram bloqueadas pela Justiça, temos a confiança que está terá o mesmo destino.”

A Polícia Federal indiciou Haddad por falsidade ideológica. Também foram indiciados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais cinco investigados. A Vaccari foram impostos os crimes de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A PF atribuiu a quatro alvos lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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Em junho do ano passado, a campanha de Haddad foi alvo da Operação Cifra Oculta, desdobramento da Lava Jato. Na ocasião, os investigadores pediram a condução coercitiva de Haddad, mas a Justiça negou.

O ex-tesoureiro do PT está preso desde abril de 2015 e condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a Corte de apelação da Lava Jato. O relatório de indiciamento de Haddad, Vaccari e outros investigados foi enviado na semana passada à Justiça Eleitoral.

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