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Para Haddad, Carnaval de 2016 foi ‘um dos melhores da história’

Renda produzida com evento deste ano ano deve ultrapassar os 400 milhões de reais 

Por Estadão Conteudo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h39 - Publicado em 10 fev 2016, 17h01

O prefeito Fernando Haddad disse na terça (9) que “tinha certeza” de que este foi “um dos melhores carnavais da história da cidade” por causa da organização. “Os blocos não foram capazes de estimar seu próprio sucesso e tiveram de se adaptar, com apoio da prefeitura.”

Ele destacou que o papel da prefeitura é mediar a vontade dos foliões e o desejo de tranquilidade de moradores. Para a administração municipal, até o fim de semana, o público chegará a 2 milhões de pessoas, com receita de 400 milhões de reais e 40 000 visitantes de fora da cidade.

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Vila Madalena

Quem foi para o bairro na Zona Oeste durante as noites de Carnaval deste ano foi, na maioria, homens, de 18 a 24 anos, que chegaram de transporte público, não moram no bairro e nunca haviam participado de carnavais de rua. Mais importante: eles não foram para nenhum bloco específico, foram só para a Vila.

Os dados são preliminares e fazem parte de uma pesquisa feita a pedido da Secretaria Municipal de Cultura nas ruas do bairro entre sábado (6) e domingo (7), com 1 200 entrevistas. Ela reforça a impressão de quem foi até o bairro durante os dias de folia: quem foi até ali estava em busca de um “rolezinho”, não de um Carnaval de rua. 

Os dados mostram que 68% dos frequentadores não são da Vila. Ao todo, 56% são homens e 52% do público tem entre 18 e 24 anos. A maioria masculina fez ser comum práticas e relatos de assédio e atitudes desrespeitosas com as garotas.

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Rodas de garotos se formaram ao redor de um rapaz e uma moça que conversavam e gritavam “beija, beija” para a dupla. Algumas das meninas atendiam a “plateia” na hora, contentes com o novo par. Outras, visivelmente incomodadas, pediam para parar – mas não eram obedecidas. Houve quem fosse resgatadas por amigos, mas também quem teve de empurrar os rapazes e gritar “não” para se livrar do assédio.

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Blocos

Ainda de acordo com a pesquisa, metade do público da Vila chegou no bairro neste carnaval entre 16 horas e 20 horas, horário em que os blocos de rua já haviam acabado. 

Mas 84% não foram para nenhum bloco específico. Levando em conta só esse público, que foi para a Vila sem ter ido atrás de blocos 39% responderam que escolheram o bairro “porque o lugar é badalado”. Além disso, 40% disseram que foram à Vila “para acompanhar amigos”. E 99% deles não sabiam que, a poucos quarteirões dali, no Largo da Batata, aconteciam shows após os blocos – outra tentativa da Prefeitura de tirar gente da área ao redor da Rua Aspicuelta.

Segundo o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduk, o número de reclamações sobre o carnaval do bairro foi “menor” neste ano. “Os dados servirão para avaliar o que pode mudar no ano que vem”, disse. A prefeitura avalia que é possível achar formas de fazer os jovens buscarem mais locais para fazer festas paralelas no carnaval do ano que vem, reduzindo o estresse entre moradores e os blocos de rua. 

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Mas, os números ainda podem mudar e aumentar a média dos registros, pois não foram contabilizados os boletins de ocorrência registrados pela delegacia eletrônica, que são responsáveis por parte do total de casos registrados no balanço final, uma média de 30% a 40%, segundo a polícia.

Ontem, as delegacias da região central, que também cuidam das ocorrências envolvendo blocos carnavalescos, tiveram movimento tranquilo. 

Apreensões

A prefeitura informou que foram apreendidos 609 sacolas com produtos irregulares que eram vendidos por ambulantes durante o carnaval. Segundo a administração, 371 apreensões foram em locais por onde passaram os blocos e 248 nas imediações do Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte. O ambulante só poderá retirar a mercadoria se apresentar a nota fiscal.

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