Guns n’ Roses retorna a São Paulo para show no Parque Antártica
Muito diferente da formação original e com álbum que levou 14 anos para sair do forno, banda deve disparar antigos hits dos anos 80
Quando o Guns N’ Roses lançou seu último álbum, ‘Chinese Democracy’, em 2008, após consumir catorze anos e 15 milhões de dólares, o empresário da banda de hard rock americana soltou uma declaração patética: “Você já imaginou alguém dizendo para Michelangelo correr com a Capela Sistina? Não se apressa uma obra de arte”. Bastou ouvir o CD para a crítica, quase unânime, notar que pintores de parede fariam algo melhor do que Axl Rose e companhia. Felizmente, no sábado (13), os 38 000 fãs aguardados no Parque Antártica poderão curtir velhos sucessos do conjunto surgido em 1985.
Axl, o vocalista e único remanescente da formação original na qual já se reuniram caras como o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan, parece ter assimilado a controvérsia causada pelo novo trabalho e não deseja decepcionar a plateia paulistana, em jejum de shows do Guns desde 1992. Para o bem da multidão, ao repertório de ‘Chinese Democracy’ ele vem acrescentando uma penca de coisas pertencentes a ‘Appetite for Destruction’, o impactante début de 1987. Quando soarem os riffs de ‘Paradise City’, ‘Sweet Child O’ Mine’ ou ‘Welcome to the Jungle’, o público vai ter a certeza de que bom mesmo era antigamente. Com três passarelas para os músicos ficarem perto da galera, o espetáculo será aberto pelo cantor canadense Sebastian Bach, ex-vocalista do Skid Row.