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Grifes destinadas a adultos faturam com versões infantis de suas coleções

O mercado infantil tornou-se um segmento lucrativo para os estilistas

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Pode-se dizer que é o último gritinho da moda. Assim, no diminutivo, para combinar com a estatura das clientes que a estilista Cris Barros espera em sua loja nos Jardins, no próximo dia 10. Será um evento (no mínimo) atípico, com jovens convidadas de (no máximo) 12 anos, público-alvo do selo Cris Barros Mini. Do que se trata? De versões infantis das roupas para adultas apresentadas na passarela. “Nosso público agora tem de 1 a 80 anos”, acredita Cris, que pretende em breve colocar nas araras peças beeem pequetiticas, para recém-nascidas. A brincadeira de se embonecar com roupas iguaizinhas às do closet da mamãe virou um lucrativo segmento para os empresários das agulhas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), esse mercado cresce em média 6% ao ano. E, apesar de os modelitos menores consumirem menos matéria-prima, os preços não são brincadeira. Uma camisetinha básica, básica, básica não sai por menos de 70 reais. Outras, mais elaboradas, custam 500 reais sem sufoco.

Para alegria dos lojistas, as cifras não parecem assustar muitos clientes. “Não existia esse tipo de roupa. Antes, as descoladas tinham de se conformar em vestir as filhas de princesa”, afirma Renata Schmulevich, proprietária da marca Fit e de sua faceta jovem, a Fit Nina. Suas araras concentram peças com estampas geométricas e de bolinhas, além de bastante preto. O “pretinhozinho” básico. Na Maria Bonitinha (ai, que fofo!), versão infantil da Maria Bonita Extra, há vestidos, casacos e blusas de tricô, jeans, enfim, um guarda-roupa completo para quem quer fazer a linha tal mãe, tal filha. O que requer um cuidado essencial, aliás, na hora das compras: não deixar as pequerruchas com jeito de peruas-anãs. “Tenho horror a isso”, diz Ana Magalhães, estilista da grife. Evitar essa impressão parece ser um dos cuidados da carioca Isabela Capeto. Em sua loja na Rua da Consolação há um espaço exclusivo para as minifreguesas, com tapete fofinho, livros infantis e potes com jujubas, ao lado de modelitos cheios de babados e bordados. “Elas se sentem superprestigiadas”, conta a estilista. As experts em moda praia Amalia Spinardi, da Jo de Mer, e Adriana Degreas, da Le Petit Bain, desenvolveram coleções próprias para banhistazinhas. Afinal, nem na areia elas precisam descuidar da aparência.

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