Gràcia atrai gente jovem, bonita e produzida
Com sangrias no cardápio e decoração inspirada na Catalunha, casa é de alguns dos sócios das baladas Museum e Kiss & Fly
Perdeu-se a conta de quantos lugares já funcionaram sem sucesso na esquina das ruas Coropés e Cunha Gago, em frente ao Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros. Os últimos deles foram o bar Cigana e o restaurante italiano Tastare. A boa notícia: o novo inquilino do sobrado dá sinais de que pode reverter essa escrita.
Inaugurado dois meses atrás, o Gràcia tem atraído, sobretudo de sexta a domingo, uma moçada jovem, bonita e produzida — mais ao estilo do público do Itaim, na verdade. A agitação se justifica porque alguns dos sócios são os mesmos das baladas Museum e Kiss & Fly. Sabe-se lá se, entre flertes e bate-papos ao som de house, alguém repara na decoração, inspirada na região espanhola da Catalunha. O nome da casa, aliás, se refere (com o perdão do trocadilho) a um gracioso bairro de Barcelona. Preste atenção aos mosaicos de caquinhos coloridos no piso e nas paredes, uma alusão ao trabalho do arquiteto catalão Antonio Gaudí (1852-1926).
A principal atração etílica do lugar são as sangrias. No cardápio, encontram-se 22 caras receitas do drinque típico espanhol, colhidas pelos proprietários em endereços visitados na Catalunha. A chamada muntanyes de salt (R$ 48,00 a jarra de 500 mililitros, R$ 82,00 a de 1 litro) combina vinho branco, morango, laranja, limão, ameixa, pêssego, suco de laranja, Cointreau e club soda. Apesar do sabor atraente, falta corrigir alguns detalhes: ela veio com frutas muito picadas e em pouca quantidade, além de ser servida na companhia de copos baixos (ficaria melhor se fosse em taças de vinho).
Para comer, peça as tapas montadas sobre fatia de pão, vendidas por unidade ou porção. Três dicas: a de brandade de bacalhau, a de presunto cru e cogumelos e a de salmão defumado. Custam R$ 4,50 cada uma ou R$ 16,00 (quatro unidades).
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