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Golpe do cartão preocupa frequentadores de blocos carnavalescos

Ambulantes se aproveitam do movimento para trocar os cartões da vítima por outro parecido e, com a senha, fazer compras

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 jan 2018, 21h15 - Publicado em 15 jan 2018, 21h14
Há relatos desse tipo de crime em bairros movimentados da folia paulistana, como Vila Madalena e centro (Fábio Vieira/Estadão Conteúdo/Veja SP)
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Mal começou a agenda de pré-Carnaval e um tipo diferente de golpe vem preocupando os frequentadores de blocos e festas de rua na capital. Falsos ambulantes se aproveitam da distração e embriaguez para trocar o cartão do cliente por outro já roubado.

Enquanto o cliente paga, o vendedor presta atenção na senha. Ao entregar o comprovante e o cartão, ele rapidamente substituiu o cartão verdadeiro por outro que já havia sido roubado anteriormente. Com a senha memorizada, realizam o máximo de compras possível. Há relatos desse tipo de crime em bairros movimentados da folia paulistana, como Vila Madalena e centro.

A profissional de marketing Raíza Pelissari, 29 anos, foi uma das vítimas ao comprar cerveja de um vendedor de rua na República, na madrugada de sábado para domingo (14). Ela conta que o homem chamou um outro que estava com a máquina e, antes de devolver o cartão dela, fez uma segunda compra. “Notei que demorou um pouco para ele me entregar a lata, mas me distraí conversando com amigas”. Horas mais tarde, o extrato bancário acusava 1 000 reais a menos na conta.

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Outras vítimas tiveram o cartão trocado por um do mesmo banco, mas com o nome de outra pessoa. É o caso do médico Ricardo Vasconcellos, 39 anos, teve um prejuízo de 30 000 reais ao comprar bebidas de um ambulante no Vale do Anhangabaú, no sábado (13). “Foram seis compras de 5 000 reais, uma após a outra”, explica. Segundo ele, todos os registros estavam vinculados a máquinas de pagamento em nome de pessoas físicas.

Dificuldades para recuperar o prejuízo junto aos bancos são comuns. Como essas transações são feitas com o cartão e a senha, fica mais difícil  classificá-las como falha de segurança. O banco de Raíza deu um prazo de dez dias para resolver o caso, mas não garantiu reembolso. Já no caso de Ricardo, foram exigidas provas de que não era ele o autor das compras.

Esse tipo golpe não é exclusivo das festas de rua. No último dia 5, a Polícia Civil prendeu um taxista de 24 anos acusado aplicar o mesmo golpe em corridas na madrugada. Foram pelo menos dez vítimas. Ao cobrar o pagamento dentro do carro, ele devolvia um cartão diferente ao passageiro.

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