Gol é condenada a indenizar passageiras agredidas em vídeo que viralizou

Caso ocorreu em fevereiro de 2023; Justiça afirmou que era responsabilidade da companhia aérea garantir a alocação adequada nos assentos

Por Carolina Farias
Atualizado em 7 mar 2025, 14h45 - Publicado em 7 mar 2025, 13h15
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 (Redes Sociais/Reprodução)
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A 4ª Vara de Cubatão condenou a Gol a indenizar mãe e filha agredidas física e verbalmente por outros passageiros durante um voo em 2023. A indenização, por danos morais, foi fixada em R$ 10 mil para cada uma. 

As vítimas solicitaram que passageira, com criança de colo, desocupasse o assento da janela que haviam adquirido e, neste momento, passaram a ser ofendidas física e verbalmente pela mulher e seus familiares. Na época, vídeos da confusão circularam na internet e na imprensa, por vezes imputando a responsabilidade da briga às autoras. Em uma das matérias jornalísticas, um comissário da companhia aérea declarou que faltou empatia por parte das requerentes.

Na decisão, o juiz Sérgio Castresi de Souza Castro destacou o direito das autoras de usufruírem o serviço contratado, bem como o dever da companhia, por meio de seus funcionários, de garantir o uso do assento reservado e solucionar rapidamente possíveis incorreções.

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O magistrado afirmou que, embora os agressores possam ser responsabilizados cível e criminalmente por seus atos, o fato de a empresa não garantir os meios adequados ao consumidor de se sentar na poltrona contratada “é ato ilícito, gerador do dever de indenizar o abalo moral da parte inocente”.

“A descabida declaração do comissário da empresa ré aos órgãos de imprensa, apenas comprova a omissão da ré de alertar eficazmente os passageiros a se manterem nos assentos corretos no momento do embarque, o que muito provavelmente teria evitado a briga generalizada no interior da aeronave que estava por vir. Os tripulantes do voo só tinham o dever de alertar todos os passageiros a ocuparem os assentos constantes dos respectivos bilhetes, para evitar o agravamento da discussão, mas nada fizeram, uma vez que só intervieram depois da discussão inicial tornar-se uma briga generalizada no interior do avião, colocando em risco a integridade de outros passageiros e da própria segurança do voo, inclusive”, disse o juiz na decisão.

A Gol afirmou que não comentará o caso.

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