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Gilberto Gil e Esfarrapados fazem a festa dos foliões no centro

Bloco de Mariana Aydar celebrou a música nordestina na esquina das avenidas Ipiranga e São João

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 12 fev 2018, 19h58 - Publicado em 12 fev 2018, 19h52
Apresentação de Gilberto Gil no Bloco Forrozin, de Mariana Aydar (Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)
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À espera de Gilberto Gil, foliões do bloco Forrozin, da cantora Mariana Aydar, lotaram as ruas do centro de São Paulo nesta segunda (12), no melhor estilo “Chuva, Suor e Cerveja”. A tempestade de verão caiu e ninguém arredou o pé do bloco, celebrando o Carnaval. O Forrozin tem como mote a celebração da música nordestina e recebeu como estrela o músico baiano Gilberto Gil, além de Mestrinho e As Bahias e Cozinha Mineira.

Entre a multidão que se espremeu na esquina das tradicionais avenidas Ipiranga e São João, estavam também muitos nordestinos. É o caso da baiana Tais Ferreira, de 36 anos, e do pernambucano John Barbosa, de 54 anos, que trabalham no setor de alimentação e recebem a amiga Fátima Barbosa, promotora de eventos de Arapiraca (AL), pela primeira vez no carnaval de São Paulo. “Estou me sentindo em Olinda”, disse Fátima.

Fã de Mariana Aydar, Barbosa ficou feliz com a vinda de Gilberto Gil. “Adoro ele, mas temia que a presença do baiano lotasse demais o bloco. Mas que nada, está no tamanho certo”, afirmou. Com ele concorda a baiana Tais. “Preferimos bloquinhos menos lotados e com sotaque nordestino. Como este e o do Alceu (Valença)”, falou ela.

Bloco mais antigo desfila pelo centro

Uma viagem pelo túnel do tempo. Esse foi o clima do Bloco Esfarrapados, que desfilou nesta segunda (12), pelas ruas do Bixiga, bairro tradicional do centro de São Paulo. Com 71 anos de existência, o bloco é considerado o mais antigo da capital. Crianças correndo com confete e serpentina em mãos, marchinhas na trilha sonora e muitos encontros entre vizinhos do bairro. A analista Rose Freitas, de 35 anos, conta que frequenta o desfile desde pequena. “Nós somos do bairro. Minha mãe é uma das fundadoras. É um clima de família.”

Fantasiada com o figurino que usou no desfile da Vai-Vai no ano passado, a copeira Maria das Graças, de 62 anos, parava o tempo todo para cumprimentar amigos. “Eu acho que a cada ano o Esfarrapados melhora. Antigamente o pessoal jogava ovo e farinha agora é só essa espuma”, explica ela, que vem ao bloco há vinte anos.

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Segundo Milton Credidio, de 82, o Tininho, um dos fundadores do bloco, o clima tranquilo é mantido graças ao “respeito à tradição do carnaval”. “Aqui só tocamos marchinhas. É o verdadeiro carnaval. E mantemos a educação”, explica.

 

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