Alckmin vira réu por caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro
O MP diz que ex-governador recebeu recursos sob o uso de codinomes, como "pastel", "pudim" e "bolero"
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) virou réu por falsidade ideológica eleitoral (“caixa dois”), corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça Eleitoral de São Paulo.
Segundo o MP, Alckmin recebeu dinheiro da Odebrecht em dois momentos. Teriam sido 2 milhões de reais em espécie durante a campanha eleitoral de 2010, enviados ao escritório de Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin, e 9 milhões de reais para o tesoureiro Marcos Antônio Monteiro quando o tucano disputou o pleito em 2014.
De acordo com o MP, as doações não foram registradas nas prestações de contas do ex-governador, o que configura crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica. Também foram feitas por meios ilegais, como por doleiros, para dificultar o rastreamento, o que resulta em lavagem de dinheiro.
O MP diz ainda que Alckmin recebeu os recursos sob o uso de diversos codinomes, como “pastel”, “pudim” e “bolero”.
Os advogados de Geraldo Alckmin, governador de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018, negam todas as acusações e afirma que, agora, Alckmin terá a chance de “se defender e de contraditar as falsas e injustas acusações de que está sendo vítima e, principalmente, de provar a sua improcedência.