A família veio em peso
Garçom do japonês Shigueru tem quase trinta parentes trabalhando na cidade, todos em restaurantes
“Quase trinta parentes meus trabalham em São Paulo, e todos em restaurantes, bares ou baladas. Com tanta gente, ficou mais fácil vir para cá, há quatro anos. Eu trabalhava em roça de arroz e milho, completei o ensino fundamental, mas na hora de procurar emprego via tudo muito parado por lá. O bom é que não falta companhia. Almoçamos juntos aos domingos. Frequento o Centro de Tradições Nordestinas e o Villa Country. Vou ao cinema quando tem filme do Wagner Moura. Mando uns 200 reais por mês para meus pais. Também invisto: já comprei trinta cabeças de gado. Quero comprar mais e, em quatro anos, vender tudo para montar um restaurante japonês em Fortaleza.”
Renato Vieira de Sá, 23 anos, de Orós (CE), é garçom do japonês Shigueru, no Itaim
+ Pesquisa: 87% dos garçons que atuam em São Paulo vêm de fora da cidade
+ Galeria de fotos: Pedro II, a capital brasileira dos garçons
+ O garçom que se tornou presidente
+ O garçom que virou patrão de 200 pessoas
+ Conheça a capital brasileira dos garçons