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Galpão de antiga metalúrgica na Vila Leopoldina vira espaço para inovação

Com 7 000 metros quadrados entregues, o State reúne empresas selecionadas de pesquisa e desenvolvimento que pagam 1 200 reais pelo posto de trabalho

Por Alice Padilha
Atualizado em 14 fev 2020, 11h24 - Publicado em 14 fev 2020, 06h00
 (Alexandre Battibugli/Divulgação)
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Na era dos coworkings, o desafio dos escritórios coabitados é encontrar maneiras de atrair os profissionais interessados em criar boas redes de contatos. Com inauguração oficial marcada para esta sexta (14) em um galpão compartilhado na Vila Leopoldina, o State faz a linha do contra e afirma não ser um coworking. “Somos um hub de inovação”, garante o CEO Jorge Pacheco.

A diferença está no processo de seleção das empresas — não basta pagar os 1 200 reais mensais pelo posto. “Queremos entender o que está sendo criado e qual é o estágio de desenvolvimento. Não aceitamos startups que já existem no mercado há algum tempo. Selecionamos marcas que estão na vanguarda de novas ideias”, comenta Pacheco. Os dois andares comportarão cerca de trinta empresas nas áreas de inovação, pesquisa e desenvolvimento. Entre os dezesseis nomes que já têm um lugar garantido estão a iniciativa francesa La Fabrique — do banco BNP Paribas, Carrefour, Edenred e Ingenico — e a agência Flag Comunicação.

Em 2017, Pacheco conheceu o prédio da construtora Votorantim que abrigou a Metalúrgica Atlas entre 1944 e 2014, e foi amor à primeira vista. “A ausência de paredes facilita o encontro de pessoas de diferentes áreas. Também não enfrentamos os problemas de logística de um edifício comercial”, explica.

Metalúrgica Atlas
(Memória Votorantim/Divulgação)
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Localizado nas proximidades do Parque Villa-Lobos, da Universidade de São Paulo e do espaço de eventos ARCA, o State faz parte do Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina, liderado pela Votorantim. O objetivo é transformar a região, que tem sofrido com as inundações, em um polo de inovação. Toda a estrutura original foi mantida, o que inclui o pé-direito de 15 metros. O telhado foi adaptado para favorecer a entrada de luz natural. A construção térrea ganhou um mezanino e plantas da Mata Atlântica.

Nesta primeira fase, foram entregues 7 000 metros quadrados. Para o segundo semestre, estão previstos mais 13 000 metros quadrados. Um auditório e uma arquibancada para eventos abertos ao público complementam a oferta junto do restaurante e do café no bulevar externo.

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