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Fluxo some de rua da Cracolândia e ONG acusa prefeitura de uso de violência

Rua dos Protestantes, onde usuários ficavam, está vazia desde a segunda-feira (12)

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 Maio 2025, 17h48 - Publicado em 13 Maio 2025, 15h42
Vista de cima da Cracolândia
Vista de cima da Cracolândia (TV Globo/Reprodução)
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A rua dos Protestantes, na Luz, região central de São Paulo, está desde a segunda-feira (12) sem a presença do chamado fluxo de usuários de crack. A ONG Craco Resiste, que atua na região no atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade, acusa a Prefeitura de São Paulo de dispensar os usuários com violência por parte da GCM (Guarda Civil Metropolitana).

A Prefeitura de São Paulo passou a adotar nos últimos dias a política de dispersar na pancada os grupos de pessoas em situação de rua e que consomem drogas na região da Cracolândia. Foi essa ação que provocou o esvaziamento do fluxo que estava concentrado na Rua dos Protestantes”, diz a ONG em uma publicação no seu perfil do Instagram com uma foto da rua vazia.

De acordo com a organização, grupos de pesquisa da USP e da Unifesp apontam que houve uma orientação para que a GCM aumentasse a violência das abordagens. “As pessoas ouvidas afirmam categoricamente que os guardas passaram a bater mais no rosto e na cabeça das pessoas, para além das outras agressões já cotidianas, com uso de spray de pimenta e apropriação de pertences pessoais, como roupas e dinheiro”, afirma a Craco Resiste em seu comunicado.

Prefeito surpreso

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), disse em uma entrevista nesta terça-feira ter ficado surpreso com o esvaziamento da rua Cracolândia. Mas, que pode ser consequência de um trabalho conjunto feito com as áreas de saúde, assistência social e com as polícias Civil e Militar, para desmantelar o tráfico na região.

“Sem droga presente as equipes têm mais facilidade em convencer [os usuários] a irem pra tratamento. Ontem 60 pessoas procuraram para pedir tratamento”, afirmou Nunes.

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Segundo o prefeito, a ação na favela do Moinho, que está sendo desapropriada, também pode ter colaborado para a diminuição do fluxo pois, segundo ele, a comunidade tinha um “bunker do tráfico” onde um traficante foi preso.

“Surpreendeu a prefeitura [o esvaziamento da rua dos Protestantes], obviamente estava reduzindo, porque as pessoas estão aceitando internação, mas estamos monitorando ainda com a inteligência”, disse Nunes.

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