Florista lança guia da Ceagesp
A paulistana Helena Lunardelli ensina como aproveitar a primavera no mercado
Com a chegada oficial da primavera, no último dia 23, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) começa a ficar ainda mais colorida. É um bom momento para programar uma visita, o que nem sempre é fácil — há quem se perca em meio aos galpões e corredores do grande mercado. Para dar uma mãozinha a esses paulistanos, a florista Helena Lunardelli acaba de tirar do forno seu primeiro livro. “É um guia descontraído, para quem não tem intimidade com o lugar”, explica. “A ideia era parecer um caderninho de anotações, por isso o tamanho e os detalhes bem femininos.” ‘Cidade das Flores’ (Editora DBA, 32 reais) traz em suas 104 páginas dicas com os melhores dias e horários para bater pernas pelo mercadão, além de indicações dos fornecedores prediletos da autora. “Faz uma década que vou à Ceagesp quatro vezes por semana”, diz Helena. Algumas de suas dicas:
Quando ir — Uma ou outra barraquinha de flores pode ser encontrada ao longo de toda a semana. Helena recomenda as terças, menos lotadas que as sextas — os grandes fornecedores montam seus espaços apenas nesses dois dias na Feira das Flores.
O horário ideal — A feira começa a ser montada às 3 horas. Não chegue antes das 5, no entanto. “A partir desse horário as barracas estão funcionando, há uma gama interessante de produtos e o fluxo de caminhões diminuiu”, afirma. Mas não durma demais. Por volta das 10 horas, já está tudo em via de ser desmontado.
O que visitar — A marquise, que concentra fornecedores e se divide em três segmentos: flores e folhagens de corte; mudas e vasos; e acessórios para a montagem de arranjos e jardinagem. As barracas são numeradas, mas não há exatamente uma ordem a ser seguida. Enquanto algumas são bem variadas, outras se dedicam somente a uma espécie, como bromélias ou orquídeas.
Por que ir — “É o melhor lugar para comprar flores na cidade, pois oferece a maior variedade”, diz a autora. O preço costuma ser mais baixo do que em outros locais, apesar de não variar muito entre os boxes da própria Ceagesp. Os fornecedores fazem orçamentos e aceitam encomendas. Caso sejam grandes, pedem um prazo de, pelo menos, uma semana.
Formas de pagamento — Como são pouquíssimos os estandes que aceitam cartões, o mais recomendável é levar dinheiro. Mas cheques também são aceitos.
Transporte dos produtos — Carregadores do local, identificados com um colete amarelo, estão sempre à disposição. “É melhor já selecionar suas compras e deixá-las pagas nos estandes”, orienta Helena. O preço do carreto é de 15 reais. Três estacionamentos atendem à Ceagesp, mas o acesso é melhor pelos dois cuja entrada fica na Marginal Pinheiros (portão 13). As dicas acima não são o único atrativo do livro, que contém uma série de fichas técnicas de flores à venda no mercadão paulistano. Cravos e rosas (sem brigas, como na antiga canção infantil) dividem as páginas, que concentram dados como as cores disponíveis, preços médios, época do ano em que são encontradas e indicação de fornecedor de 94 espécies. “No ano que vem lançarei outro, para ensinar as pessoas a montar seus arranjos em casa”, promete Helena.