Filho adotivo de casal gay morreu de causas naturais, diz laudo
Possibilidade de agressão foi descartada pela polícia; jovem teve parada cardiorrespiratória
O estudante Peterson Ricardo Teixeira de Oliveira, se 14 anos, filho adotivo de um casal gay, que supostamente teria sido agredido em uma escola na cidade de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, morreu de causas naturais, segundo aponta laudo do exame necroscópico.
Peterson morreu após passar mal na escola, quase quatro horas depois de se envolver em uma discussão com colegas de classe, no dia 5 de março. Com quadro de parada cardiorrespiratória, ele deu entrada no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, onde passou quatro dias em coma antes de morrer.
No dia em que Peterson foi internado, a Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima afirmando que o adolescente havia sido espancado por um grupo de jovens. O motivo da suposta briga era por ele ser filho adotivo de um casal gay. Um inquérito policial chegou a ser aberto para apurar o caso, mas a denúncia não se confirmou.
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Já no hospital, os policiais constataram que Peterson não apresentava sinais de agressão, nem nenhuma lesão na calota craniana que pudesse ter ocasionado o mal súbito. A informação foi confirmada pelo médico legista no laudo, segundo o qual o corpo “não demonstra sinais de violência externa”.
A conclusão é a de que Peterson tinha uma doença no coração, chamada cardiomiopatia hipertrófica (quando o miocárdio é maior que o normal), que pode provocar arritmias e, consequentemente, paradas cardiorrespiratórias.
“Concluímos que o periciado era portador de cardiomiopatia hipertrófica que ocasionou o quadro de tromboembolismo pulmonar que o levou a óbito, portanto, morte natural”, diz o laudo. Com o resultado do exame, as investigações devem ser encerradas.
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