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Filha denuncia homem que atropelou e arrastou ciclista em Osasco

Mario Prestes Neto, de 61 anos, é acusado de fugir sem prestar socorro; ele deve responder por homicídio doloso e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão

Por Estadão Conteúdo
1 set 2017, 17h19
 (Reprodução / Rede Globo/Veja SP)
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Identificado pela Polícia Civil, segue foragido o principal suspeito de ter atropelado e arrastado um ciclista na tarde de quarta (30), entre Osasco e São Paulo. Mario Prestes Neto, de 61 anos, foi denunciado pela própria filha, que registrou um boletim de ocorrência em Itapevi, município da Grande São Paulo.

A polícia enviou agentes para endereços ligados ao suspeito, mas ele ainda não foi encontrado. O veículo de Prestes Neto foi, contudo, recolhido pela polícia, pois se encaixa com o modelo e a cor descritos por testemunhas.

Segundo o delegado titular do 91º Distrito Policial (Vila Leopoldina), Elder Hamilton Leal, ainda não foram obtidas imagens do momento do atropelamento, que vitimou o pintor Gilmar Barbosa da Mata, de 45 anos. O motorista deixou o local do incidente sem prestar socorro à vítima. “Peço a colaboração de todos: se alguém tiver alguma indicação, alguma informação, que ligue para o Disque Denúncia”, declarou o delegado à imprensa na quinta (31).

Segundo ele, o motorista deve responder por homicídio doloso, passível de pena de 12 a 30 anos de reclusão. “Fica caracterizado o dolo não pelo atropelamento em si, porque ele poderia ter parado logo em seguida e socorrido a vítima, como deve ser feito, mas não. Em vez disso, ele fez a fuga do local do acidente, o que caracteriza mais um crime, e ficou patente que ele teve a intenção do resultado assumido”, explicou.

Histórico

O incidente ocorreu por volta das 17h50 de quarta-feira, entre a Avenida Nações Unidas, no bairro Bonfim, em Osasco, e o Complexo Viário Heróis de 1932, conhecido como Cebolão. Segundo o assistente de manutenção Lusimar Rodrigues Barbosa Júnior, de 23 anos, que acompanhava a vítima, ambos voltavam do trabalho em uma rede de hotéis no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, no momento do atropelamento.

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Segundo o rapaz, eles atravessavam a avenida quando um veículo Renault Clio preto atingiu o pintor, que ficou um pouco para trás porque empurrava a bicicleta. Com o impacto, ele teria sido arremessado e caído no teto do carro, onde se segurou por mais de dois quilômetros até as proximidades do Complexo Viário Heróis de 1932, conhecido como Cebolão. 

Natural de Boquira, na Bahia, a vítima trabalhava como pintor e morava em São Paulo havia cerca de 18 anos. Ele faria aniversário de 46 anos nesta sexta-feira, 1º. O incidente ocorreu no primeiro dia em que foi ao trabalho de bicicleta, pois costumava utilizar o próprio carro no trajeto.

De acordo com o irmão do ciclista, Nilton Barbosa da Mata, de 42 anos, ele havia se casado há cerca de 20 dias com a companheira com quem vivia. Ele era pai de dois jovens, de 14 e seis anos. “Foi uma tragédia”, resumiu.

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