Fábio Assunção vira máscara de Carnaval após onda de piadas
Ator se tornou meme por causa de problemas com a dependência química; produto divide opiniões

O ator Fábio Assunção, 47, se envolveu em problemas nos últimos anos devido à luta contra a dependência química. Em 2017, acabou preso após participar de uma briga, e, no ano passado, foi pego dirigindo embriagado. Apesar da seriedade do caso, o artista virou motivo de piada.
Internautas apostam cada vez mais em brincadeiras e memes com mensagens como “#SomosTodosFábioAssunção” ou “modo Fábio Assunção ativado”, sempre em associação ao abuso de drogas e álcool em festas, por exemplo. Até um funk que diz “hoje vou beber, vou ficar loucão, hoje eu vou virar o Fábio Assunção” foi lançado.
A novidade da vez é que o rosto do global se tornou estampa de máscaras que devem fazer sucesso no Carnaval. No acessório, ele aparece caracterizado como o barbudo personagem Ramiro Curió, de Onde Nascem os Fortes, da Rede Globo.
Sites de vendas terceirizadas, como o Mercado Livre e o Elo7, estão repletos de anúncios oferecendo o produto. O item pode ser adquirido por preços a partir de 4,40 reais, cada. Alguns vendedores disponibilizam pacotes de até 200 unidades.

Se para alguns o assunto é tratado como diversão, para outros a atitude representa o perigo de piadas que envolvem a luta contra a dependência química. O assunto tem dividido opiniões nas redes sociais. “Quando uma sociedade faz piada com a doença, há uma doença muito maior no ar”, ponderou um usuário. Confira a repercussão:
https://twitter.com/lu1zag0mes/status/1082648565942546432
https://twitter.com/gutoalvesp/status/1082613719622971392
https://twitter.com/eduhonorato/status/1082435281041657857
Durante o programa Conversa com Bial, em outubro de 2018, o ator chegou a comentar sobre o incômodo com as piadas. “Por conta do caso de Arcoverde [cidade onde foi preso em Perambuco], virou sextou. O sextou é incrível, eu sou o sextou. Só que os memes, eu sempre achei muito ofensivo. Eu estou em uma outra fase. Só que esse assunto é muito recorrente. Tem uma coisa de estigma e eu tenho que lidar“, disse.