Na variadíssima — e, cá entre nós, nem sempre muito glamourosa — fauna de madrinhas de Carnaval, nunca houve uma como Waris Dirie. Trata-se da ex-supermodelo africana cuja causa é mais conhecida que o nome: ela batalha contra a castração feminina, tradição odiosa em países como a Somália, onde nasceu. Ela sofreu a mutilação genital aos 5 anos de idade. Numa inusitada conexão, aceitou o convite para ser musa do camarote do Bar Brahma, no Sambódromo do Anhembi, posto já ocupado pelas atrizes Tania Khalill e Adriana Alves. “Nosso tema é a África”, afirma Cairê Aoás, um dos responsáveis pelo espaço. “Waris personifi ca bem o continente.” Duas cotas de patrocínio, de 10 000 euros cada uma, serão vendidas com renda revertida para a fundação dela.