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Ex-secretária de Bruno Covas acusa servidor de corrupção na Parada Gay

Eloisa Arruda chegou a exonerar Ivan Batista, coordenador da Secretaria de Direitos Humanos, mas acabou ela própria demitida pelo prefeito

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 ago 2018, 19h58 - Publicado em 14 ago 2018, 19h48
 (Ananda Migliano/Estadão Conteúdo)
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O Ministério Público de São Paulo (MP) abriu um inquérito civil para investigar suposto ato de improbidade administrativa praticado pelo coordenador de Políticas para LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) da Secretaria de Direitos Humanos, Ivan Santos Batista, durante a última Parada Gay, ocorrida em junho deste ano.

Batista é acusado pela ex-secretária da pasta Eloisa Arruda, exonerada na última quinta-feira (9) pelo prefeito Bruno Covas, de ter utilizado para uso próprio os três trios elétricos que a gestão municipal disponibiliza na parada. Ela chegou a abrir uma investigação interna e enviou os documentos ao MP e à Controladoria Geral do Município.

Segundo a denúncia, o servidor vendeu patrocínio de 5 000 reais para três empresas, entre as quais uma de óculos, além de oferecer, sem licitação, como prevê a lei, “cotas” de até 20 000 reais para as firmas que quisessem utilizar, por meio de “pulseiras vip” e camisetas promocionais, os três veículos municipais.

Em depoimento prestado ao promotor de Justiça Wilson Tafner, da Promotoria do Patrimônio Publico e Social, na última segunda-feira (13), Eloisa Arruda afirma que a entrada nos trios elétricos deveria ser gratuita. “O acesso deveria ser sem qualquer custo para a população e as pulseiras deveriam ser entregues às pessoas vinculadas aos programas e equipamentos de atendimento à população LGBT”, afirmou.

Além disso, a ex-secretária, que é procuradora de Justiça aposentada, afirma que “houve apresentações de artistas contratados, e que, em nenhum momento, havia qualquer autorização para este tipo de procedimento”. Sobre as pulseiras vendidas e outros patrocínios obtidos, Eloisa ressalta que “o chamamento público garantiria o recolhimento de eventuais recursos aos cofres públicos”.

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eloisa arruda
(Reprodução Facebook/Veja SP)

A investigação interna feita pela ex-secretária culminou com o pedido de exoneração de Ivan Batista e com a nomeação de outro profissional, Marcos Freitas (ambos em julho), mas quem acabou demitida foi a própria secretária, após o telefonema de um assessor de Covas.

Procurados, a secretária Eloisa e o promotor Tafner não quiseram conceder entrevistas. Ivan Batista negou as acusações e disse que vai se defender no Ministério Público. “Isso não é verdade e todo mundo sabe que a briga dela (Eloisa Arruda) é com o prefeito”.

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Em nota, a prefeitura afirma que está investigando a denúncia. “A Controladoria Geral do Município apura o caso, mas os detalhes do procedimento não podem ser divulgados até a conclusão dos trabalhos, quando serão tomadas todas as medidas cabíveis”.

 

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