Continua após publicidade

Ex-médico Farah Jorge Farah é encontrado morto em casa

Na última quinta (21), o STJ decidiu que o ex-cirurgião deveria voltar para prisão; ele foi condenado pelo assassinato de uma paciente

Por Veja São Paulo
Atualizado em 22 set 2017, 16h01 - Publicado em 22 set 2017, 14h10
 (Lumi Zunica/Veja SP)
Continua após publicidade

Foi encontrado morto em casa, nesta sexta (22), o médico Farah Jorge Farah, aos 68 anos, condenado a mais de catorze anos de prisão por ter matado e esquartejado uma paciente em 2003. De acordo com informações da Polícia Civil, o corpo foi achado na casa do ex-médico na Vila Mariana.

O corpo foi encontrado por policiais que foram até a casa do ex-cirurgião para executar um mandado de prisão. “Quando fomos prendê-lo, ele já estava morto”, diz o delegado Osvaldo Nico Gonçalves. Ele estava deitado na cama com um ferimento profundo na perna. “Provavelmente ele cortou a via femoral, devido à quantidade de sangue. Ele mesmo sabia o que estava fazendo”, afirmou o delegado.  No ambiente, tocava uma música fúnebre, de terror, e o ex-cirurgião estava vestido de mulher, com seios. A perícia é aguardada no local.

Na última quinta (21), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Farah deveria voltar imediatamente a prisão para cumprir os catorze anos de pena por ter matado e esquartejado a paciente Maria do Carmo Alves em 2003.

O crime

Farah Jorge Farah era acusado de homicídio doloso por matar e esquartejar a dona de casa Maria do Carmo Alves, em 2003. Na época, a mulher era paciente e amante do médico. Ela morreu aos 46 anos.

A perícia indicou que Farah levou dez horas para matar a vítima no dia 24 de janeiro de 2003, uma sexta-feira, em seu consultório. Vestígios de sangue encontrados no teto indicavam que a o coração da vítima ainda batia no momento em que ela foi esquartejada. Na manhã de sábado, ele teria retirado as partes do corpo esquartejado e as guardado no porta-malas do carro. Em seguida, ele se internou em uma clínica psiquiátrica, onde confessou o crime a uma sobrinha que o visitava. Foi ela que fez a denúncia.

Continua após a publicidade

O corpo foi encontrado pela polícia no carro do médico, que foi preso horas depois. Em depoimento, Farah confessou o crime aos policiais e foi preso.

Em 2006, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) impediu Farah de continuar a exercer a profissão. No ano seguinte, os advogados de Farah conseguiram no Supremo Tribunal Federal o direito do réu aguardar o julgamento em liberdade.

Em 2008, ele foi julgado e condenado a treze anos pela morte e pela ocultação do cadáver, mas o júri foi anulado. Na ocasião, a defesa alegou que os laudos oficiais que comprovariam o estado semi-imputável de Farah, os quais mostrariam que ele não tinha plena consciência de seus atos no momento do crime, foram ignorados pelos jurados.

Continua após a publicidade

 

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.