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Com alta do dólar, brasileiros buscam destinos alternativos de intercâmbio

Na CI Intercâmbio e Viagem, por exemplo, o Canadá corresponde a 39% dos pacotes fechados para estudar inglês

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 fev 2020, 16h01 - Publicado em 15 jun 2018, 06h00
Escola de idiomas EC, em Toronto: o Canadá é o país favorito na Central de Intercâmbio (Arina Mikhailova/Veja SP)
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A combinação entre a crise política no Brasil, a desvalorização de nossa moeda e o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, sob a batuta de Donald Trump, fixou o câmbio do dólar americano nas alturas nos últimos tempos. Na quarta (13), a cotação para turistas (mais elevada do que a do dólar comercial) batia os 3,86 reais, valor salgado para quem precisa fazer as malas. “O cenário não está favorável e deve seguir oscilando, com a tendência de os preços subirem ainda mais”, explica Agostinho Pascalicchio, economista e professor do curso de economia na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Para não ver seu dinheiro valendo menos, estudantes brasileiros apostam em destinos alternativos — com câmbio menos pesado ou custo de vida mais em conta — para conseguir viajar e estudar inglês fora do país sem ficar no vermelho. Na CI Intercâmbio e Viagem, com doze lojas na capital, o Canadá, campeão da lista, corresponde a 39% dos pacotes fechados. “É um local de excelente custo-benefício”, analisa a diretora educacional da rede, Tereza Fulfaro.

Pesquisando bem, dá para economizar 70% em algumas viagens de agências como a Student Travel Bureau (STB), também graças ao atrativo câmbio do dólar canadense, na faixa dos 3,08 reais (valor 25% menor que o da moeda americana), em análise realizada na última quarta (13). A barganha compensou para a administradora Marília Alcoforado, de 30 anos, que estava pronta para passar, no segundo semestre, quatro semanas em São Francisco, nos Estados Unidos. Mudou de ideia ao ver que poderia baratear a viagem em 2 000 reais se estudasse em Vancouver, no Canadá.

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Instituição ILSC, na Austrália: o destino permite que alunos trabalhem, em alguns casos (Divulgação/Veja SP)

“Ao fazer as contas, eu me desesperei quando percebi que a viagem sairia bem mais caro do que o planejado”, lembra. A dica para tentar outro destino veio da agência Experimento. “Consegui o pacote em outra unidade da mesma escola que eu tinha escolhido em São Francisco”, comemora Marília. Algumas instituições de ensino procuradas por quem quer aprender nos EUA estão presentes em vários países, caso das famosas EC e Kaplan, o que facilita a mudança de rota.

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Também são boas opções certas localidades na Europa, apesar do preço do euro, cotado em 4,53 reais na quarta (13). É o caso de Malta, ilha no Mar Mediterrâneo, e da Irlanda. “Nesses lugares, a diferença é o custo de vida”, explica Patricia Zocchio, da Experimento. Se seguida a recomendação das agências de levar 1 000 dólares, em média, para gastos mensais como transporte, alimentação e lazer, o viajante desembolsará, com impostos, aproximadamente 3 900 reais nos Estados Unidos, 3 118 reais no Canadá, 3 083 reais na Austrália e 2 877 reais na Nova Zelândia. Parte desses destinos, inclusive, permite que os alunos em cursos de maior duração trabalhem (e ganhem salário, é claro) enquanto tocam os estudos, o que ajuda a fechar a conta no fim do mês.

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