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Érico Duarte: mesa-tenista de terno e gravata

“Muitos me chamam de louco quando eu digo que não posso me juntar aos colegas, pois preciso treinar”

Por Meriane Morselli
Atualizado em 5 dez 2016, 16h13 - Publicado em 21 mar 2013, 17h52

Enquanto muita gente pensa que a mesa de pingue-pongue é mais um item da área de lazer do condomínio, outros encaram o tênis de mesa (como o esporte deve ser chamado) como uma prática séria. É o caso do advogado paulistano Érico Duarte, de 36 anos. Durante o dia, ele dá expediente em seu escritório na Alameda Franca, nos Jardins. “Na minha profissão é comum as pessoas irem a bares e restaurantes depois do expediente”, conta. “Muitos me chamam de louco quando eu digo que não posso me juntar aos colegas, pois preciso treinar.” Tudo começou aos 11 anos, continuou durante a faculdade e segue até hoje.

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Duarte reserva pelo menos nove horas de sua semana para bater bola na mesa e manter o condicionamento físico na academia. Depois de sofrer lesões no joelho e no ombro, faz uma série de exercícios específicos de musculação. Em casa, coleciona centenas de medalhas, conquistadas ao longo de 25 anos de prática da modalidade. Aparentemente um esporte barato de bancar, o tênis de mesa toma cerca de 1000 reais do orçamento do advogado todos os meses. “O gasto maior é com viagens, alimentação e hospedagem para competir fora da cidade”, afirma. Em 2010, tomou um grande susto: passou por uma cirurgia arriscada para retirar um tumor do cérebro. “Sete meses depois, felizmente, estava recuperado e de volta ao mundo das bolinhas”, comemora.

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