Em pronunciamento, Temer diz que não renuncia
Situação do presidente ficou delicada após divulgação de gravações em que aparece dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha
O presidente da República, Michel Temer, do PMDB, realizou um pronunciamento há pouco no Palácio do Planalto, em Brasília, e declarou que não irá renunciar ao cargo que ocupa desde o afastamento de Dilma Rousseff, do PT, em maio do ano passado.
Temer abriu o discurso dizendo que não teve acesso às gravações e afirmou que o governo “viveu nessa semana seu e melhor e seu pior momento”. Ele foi categórico em afirmar que não vai deixar o cargo e chamou de “escuta clandestina” as gravações, autorizadas pela PF e o Ministério Público. “Não se pode jogar na lata do lixo da história tanto trabalho feito em prol do país”, disse.
A declaração ocorreu após Temer passar a maior parte do dia reunido com ministros e assessores.
A situação política do presidente tornou-se muito delicada após os empresários Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS, gravarem o peemedebista dando aval para que ambos comprassem o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado.
Com isso, havia a expectativa de que ele poderia anunciar sua renúncia no pronunciamento marcado às pressas para a tarde desta quinta (18).