Em “As Canções”, anônimos cantam músicas e histórias para a câmera
Novo longa do documentarista Eduardo Coutinho traz fórmula simples e muito eficiente
Eduardo Coutinho, de 78 anos, o mais importante e influente documentarista brasileiro, recorre a um tema simples em “As Canções” — e, de novo, colhe depoimentos profundos e tocantes. Diretor de “Santo Forte” (1999) e “Edifício Master” (2002), entre outros, Coutinho usa em seu último filme o mesmo formato cênico do formidável “Jogo de Cena” (2007). Apenas uma poltrona sobre um palco serve de apoio para gente como Ózio, Isabell, Déa e Silvia abrir o coração e revelar qual é a música marcante de sua vida. Em dois meses de pesquisa nas ruas do Rio de Janeiro, 42 pessoas falaram para a câmera (só dezoito permaneceram após a montagem final). Em geral, as canções mencionadas abordam perdas e separações — não à toa, Roberto Carlos lidera a preferência com “Olha” e “Não Se Esqueça de Mim”. Mas as entrevistas vão além da tristeza e da melancolia. A sorridente inglesa Isabell, por exemplo, arrasa no samba “Você Me Abandonou”, de Alberto Lonato, e Silvia relembra um relacionamento de idas e vindas entoando sensivelmente “Retrato em Branco e Preto”, de Tom Jobim e Chico Buarque.
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