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Eleições 2022: entenda o que influencia o ritmo de contagem de votos

Alta quantidade de dados provoca "fila" no TSE, e informações de cidades com pior infraestrutura tendem a demorar mais para serem contabilizadas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 out 2022, 14h50

A ordem na contagem dos votos das Eleições 2022, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segue um fluxo cheio de variáveis – e, dessa forma, cada região do país leva um tempo diferente para ter as informações processadas.

No primeiro turno, em 2 de outubro, os primeiros votos divulgados vinham das regiões Sul e Sudeste. Depois começaram a ser contabilizados os do Centro-Oeste e, por fim, os dos estados do Nordeste e Norte. Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE , Julio Valente, essa ordem se repetiu nos outros pleitos e é causada por questões de logística na transmissão dos votos. Devido ao alto volume de informação recebida pelo TSE, os votos que chegam a Brasília por último aguardam em uma “fila” para serem processados.

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O secretário explica que três fatores podem ocasionar lentidão na transmissão dos dados das urnas eletrônicas para o TSE. O primeiro é a quantidade de cargos em votação – o que implica mais tempo do eleitor diante da urna eletrônica – e a existência de filas de eleitores que ainda não votaram na seção eleitoral depois das 17h, quando, em tese, a votação é encerrada.

Nesses casos, a norma eleitoral determina que sejam distribuídas senhas e que a votação continue até que a última pessoa na fila vote. Só então a urna é finalizada, o Boletim de Urna é impresso e a chamada “mídia de resultado” (o cartucho onde as informações são gravadas) é retirada para que os dados sejam transmitidos para a Justiça Eleitoral.

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O segundo motivo é que, em localidades distantes dos grandes centros urbanos, pode haver uma limitações na infraestrutura de telecomunicação. É uma situação recorrente, sobretudo em regiões mais pobres nos estados das regiões Norte e Nordeste e em partes do Centro-Oeste. A questão envolve a capacidade de processamento do computador disponível na localidade para a transmissão dos dados, bem como a estabilidade e a velocidade da rede de dados local em conexão com a rede privativa da Justiça Eleitoral.

De acordo com Julio Valente, essa dificuldade costuma ser contornada pelo transporte do mesário até um ponto de transmissão da Justiça Eleitoral, o que leva tempo, ou pela utilização de um telefone via satélite em áreas remotas, como aldeamentos indígenas.

Milhares de boletins de urna

O terceiro fator para eventual demora no processamento dos votos ocorre em Brasília, no Centro de Processamento de Dados (CPD) do TSE. “Esses dados, ao chegarem ao CPD da Justiça Eleitoral, entram em uma estrutura semelhante a uma ‘fila de banco’”, explica Valente. Assim, os dados dos estados que lidam com contingências de infraestrutura informacional acabam chegando ao TSE depois dos das regiões Sul e Sudeste, que conseguiram fazer a transmissão mais facilmente. Por isso, aguardam em uma “fila” para serem, enfim, processados e totalizados.

Para que essa fila se forme, segundo Valente, não há demora. Isso porque, nesse momento, o TSE recebe um volume enorme de transmissões – de mais de 496 mil Boletins de Urna. “Como tudo chega no TSE quase ao mesmo tempo e na mesma estrutura de dados, às vezes se uma informação leva 30 segundinhos para ser inserida é suficiente para que tenham entrado mais de 50 000 Boletins de Urna na frente”, enfatiza.

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* Com Agência Brasil

 

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