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Doria é hostilizado durante distribuição de cobertores

A ação foi feita após uma reportagem da CBN denunciar que moradores de rua da região da Sé estariam sendo acordados com jatos de água

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jul 2017, 15h51
Estação Marechal Deodoro, no centro: protesto contra o prefeito (Fábio Vieira / Fotorua / Estadão Conteúdo/Veja SP)
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi hostilizado por um grupo, incluindo moradores de rua, durante ação de distribuição de cobertores em frente à estação de metrô Marechal Deodoro, na região central, na noite desta quarta-feira (19).  Em vídeo divulgado pelo Ponte Jornalismo, é possível ouvir, em meio a gritaria, alguém o chamando de “assassino”.

Em vídeo publicado no Facebook, no mesmo dia, às 22h57, Doria não comentou os protestos e disse que a ação será feita “ao longo de todos os dias deste inverno” e disse que espera diminuir a aflição de pessoas que vivem na rua.

Na manhã de quarta, uma reportagem da CBN denunciou que moradores de rua da região da Sé estariam sendo acordados com jatos de água de caminhões utilizados para limpar as vias do centro. Esta madrugada foi a mais fria do ano na capital, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A mínima chegou a 7,9 graus.

Em resposta, Doria disse que os moradores de rua foram acordados com jatos de água da prefeitura por um “descuido” das equipes. “A cidade inteira é varrida pela manhã e algumas áreas de maior movimentação são lavadas, como escadarias de metrô ou terminais de ônibus. As equipes sabem como proceder, são orientadas a isso. Houve nesta circunstância um descuido de duas equipes, uma no Pátio do Colégio e outra na Praça da Sé”, explicou. Segundo Doria, apenas os cobertores foram molhados. “Jamais nenhum profissional, seja da prefeitura ou terceirizado, jogou jatos d’ água nas pessoas”, esclareceu ele.

Doria afirmou, no entanto, que situações como essa servem de alerta para que o secretário das prefeituras regionais, Bruno Covas, repasse as orientações aos serviços terceirizados.

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Ele disse ainda que todos os cobertores foram repostos. “Caso alguém esteja sem cobertor, a partir de agora estaremos fazendo a entrega”, afirmou.

O vereador Eduardo Suplicy condenou o ato em suas redes sociais “Exijo, assim como determina a portaria sobre população de rua, que a abordagem seja respeitosa com essas pessoas já tão violentadas”, escreveu o vereador.

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