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Dono da clínica citada por Marçal já foi condenado por falsificar diploma

Luiz Teixeira Júnior, que emitiu suposto laudo associando Guilherme Boulos ao uso de cocaína, apresentou documento falsos, segundo denúncia do MPF

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 out 2024, 10h21 - Publicado em 5 out 2024, 10h20
Pablo Marçal e Luiz Teixeira da Silva em foto no Instagram
Pablo Marçal e Luiz Teixeira da Silva em foto no Instagram (Reprodução/Divulgação)
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O biomédico Luiz Teixeira da Silva Junior, 44, dono da clínica que emitiu suposto laudo dizendo que Guilherme Boulos (PSOL) teria buscado atendimento por uso de cocaína, divulgado por Pablo Marçal (PRTB) no Instagram, já foi condenado pela Justiça no passado.

Em 2021, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou-o por apresentar um diploma de graduação em Medicina e uma ata de colação de grau falsos, supostamente assinados pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos, ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul.

Às autoridades, a instituição disse que Teixeira nunca foi aluno no curso. Outro indicativo da falsidade do documento é a grafia errada da instituição, intitulada por ele como Centro Universitário Serra dos Órgãos.

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A 22ª Vara Federal de Porto Alegre considerou-o culpado de tentar usar credenciais falsas para obter o registro profissional de médico. O juiz declarou que Teixeira apresentou “versão bastante inverossímil, no sentido de que contratara os serviços de um despachante para que sua formação acadêmica em Biomedicina fosse transmudada para Medicina”. O biomédico disse “ter sido vítima de um engodo” de um despachante.

Teixeira recebeu uma sentença de 2 anos e quatro meses de reclusão, a serem cumpridos inicialmente no regime semiaberto e substituída posteriormente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por uma pena restritiva de direitos.

O biomédico também foi preso sob a acusação de fraudar e desviar cerca de R$ 20 milhões da área da Saúde. Em 2019, ele e a esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, foram alvos da Polícia Federal e da Polícia Civil no âmbito da operação Pégaso, que ocorreu no Rio de Janeiro e em São Paulo.

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Na época, ele era diretor da Organização Social Federação Nacional das Entidades Sociais e Comunitárias (Fenaesc), que cuidava da administração da Saúde Pública de Cajamar. A investigação constatou que recursos desviados da saúde pública de Barueri, Cajamar, Campo Limpo e São Roque foram investidos na compra da operadora de planos de saúde Medical Rio, em Niterói (RJ).

Boulos afirma que o documento emitido pela clínica é fraudado e que pedirá a prisão de Marçal.

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