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Dia das Crianças: SP tem queda histórica na população infantil em 40 anos

Em 2024, número atingiu 11,5%, o equivalente à metade do que se observava na década 1980

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 out 2025, 13h17 - Publicado em 12 out 2025, 12h39
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Crianças com o barangandão arco-íris (Karina Bacci/Divulgação)
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Neste domingo (12), em que comemoramos o Dia das Crianças, o governo de São Paulo divulgou que o estado tem uma geração menor em número e que carrega o desafio de crescer em uma sociedade cada vez mais envelhecida. De acordo com estudo da Fundação Seade, o estado passou de uma explosão de nascimentos entre 1950 e 1980, quando a população com até 10 anos de idade cresceu de forma acelerada, para uma inversão no crescimento, com as novas gerações diminuindo cada vez mais de tamanho.

Em 1991, por exemplo, a população nessa faixa etária atingiu 6,43 milhões. Já em 2024, esse número reduziu para 5 milhões de crianças, informou o governo.

“Esses dados são importantes pois orientam políticas públicas essenciais, como campanhas de vacinação, planejamento de vagas em creches e escolas e ações voltadas à infância”, afirma Bernadete Waldvogel, pesquisadora da Fundação Seade.

Em 1960, as crianças representavam 27,4% da população paulista, ou seja, mais de um quarto dos habitantes. Duas décadas depois, essa proporção caiu para 23,6% e, em 2024, atingiu 11,5%, o equivalente à metade do que se observava em 1980.

A tendência reflete o envelhecimento populacional: nascem menos crianças e há mais pessoas vivendo por mais tempo, resultado da queda na fecundidade e do aumento da expectativa de vida.

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Números

As transformações também se expressam nas diferenças regionais. Em 2000, as crianças com até 10 anos representavam 17,2% da população paulista. Apenas São Caetano do Sul (11,0%), Santa Salete (11,8%) e Águas de São Pedro (11,9%) registraram participações inferiores a 12%.

Já os municípios como Bom Sucesso de Itararé (26,8%), Ribeirão Branco (26,2%) e Nova Campina (25,7%) concentravam as maiores proporções de crianças, acima de 25%.

Atualmente, nenhum município paulista supera 16%. Em 2024, os maiores percentuais foram registrados em Bom Sucesso de Itararé (15,07%), Narandiba (15,1%) e Mombuca (15,8%). As menores participações ocorreram em Balbinos (3,8%), Lavínia (4,9%) e Pracinha (6,0%), com indicadores impactados pela instalação de presídios.

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Considerando os municípios em que a instalação não ocorreu, as menores participações foram de Águas de São Pedro (7,7%) e Nova Canaã Paulista (8,0%).

Em 2024, a participação caiu para 11,5% no estado e nenhum município superou 16%. Assim, 287 municípios ficaram abaixo da média estadual e 358 a superaram.

Apesar da redução geral, o mapa demográfico mostra que o sul do estado, assim como acontecia em 2000, continua abrigando as maiores proporções de crianças, ainda que em níveis mais baixos do que há duas décadas.

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Resumo dos dados

  • População com até 10 anos cresceu a taxas elevadas entre 1950 e 1980, atingindo o ápice em 1991, com 6,43 milhões de crianças. A partir daí o crescimento diminuiu e tornou-se negativo.
  • Na década de 2010, embora negativa, a taxa voltou a se aproximar de zero. Estimativas para 2024, realizadas pelo Seade, indicam que 5 milhões de crianças residam no estado.
  • Desde 1960, a participação de crianças com até 10 anos na população paulista tem diminuído. Até 1980, elas representavam um quarto dos habitantes no estado, com a maior proporção registrada em 1960 (27,4%).
  • Entre 1991 e 2010 as quedas foram mais acentuadas. Em 2024, as crianças respondem por apenas 11,5% da população, metade da participação em 1980 (23,6%). A tendência confirma o processo de envelhecimento populacional, impulsionado pela redução dos nascimentos e aumento da sobrevivência entre idosos.

Sobre o Seade

Há mais de 40 anos, o Sistema Estadual de Análise de Dados é referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas do Estado de São Paulo.

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