Desaparecimento de padre congolês na Zona Leste: o que se sabe até agora
Colegas do padre Kolela alegam que ele abandonou a paróquia após sofrer preconceito
O padre congolês Quentin Venceslas Kolela, que atuava na Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, está desaparecido desde 3 de julho. As informações são do G1.
Segundo colegas do padre, ele relatou que foi assediado e destratado por integrantes da Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas), da qual faz parte. Esse preconceito, segundo os párocos, ocorreu principalmente porque Kolela é estrangeiro, e motivou sua saída.
Apesar de ter avisado que estava deixando o grupo por meio de uma mensagem de texto e de ter levado a maior parte de seus pertences, ele foi dado como desaparecido pelo líder da congregação, que registrou um boletim de ocorrência.
Segundo párocos ouvidos pela TV Globo, Kolela foi assediado e destratado por colegas da Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas), principalmente por não falar português.
Em nota, a Congregação afirmou que “não tem nenhum conhecimento sobre tais fatos”. A Arquidiocese de SP disse que está em diálogo “para compreender o que, de fato, ocorreu com o Sacerdote”.
Kolela foi visto pela última vez por volta das 11h15 de 3 de julho, quando saiu da casa paroquial da Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé, para almoçar e não retornou, de acordo com um comunicado divulgado pela paróquia nas redes sociais na última sexta (15).
“Quando o Kolela saiu de casa, ele enviou uma mensagem dizendo: ‘Estou deixando a congregação, estou em outro lugar’“, disse Gonzaga.