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Candidatos alfinetam Alckmin em debate

"Esse discurso não enche a caixa d'água de ninguém", disse Alexandre Padilha (PT) para o governador. "Na sua época, a polícia não tinha bala", criticou Alckmin, dirigindo-se a Skaf

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 14h09 - Publicado em 25 ago 2014, 21h07

Em debate realizado no fim da tarde de ontem, os candidatos ao governo de São Paulo se dividiram nas alfinetadas contra o atual ocupante do cargo, Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição. Os principais temas foram crise hídrica e segurança pública. O embate ocorreu principalmente entre Alckmin e seus principais opositores: Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT), respectivamente segundo e terceiro colocados na corrida eleitoral. De acordo com as pesquisas de intenção de voto, Alckmin se reelegeria em primeiro turno, com 55% dos votos.

Também participaram do debate Laércio Benkho (PHS), Gilberto Natalini (PV), Walter Ciglioni (PRTB) e Gilberto Maringoni (PSOL). 

Segurança pública

Questionado sobre propostas para a área da segurança pública, Skaf afirmou que o partido de Alckmin, o PSDB, não conseguiu conter o avanço da criminalidade no estado após vinte anos no poder. Já Padilha insinuou que a Polícia Militar age com violência contra inocentes e citou a reintegração de posse da área conhecida como Pinheirinho em 2012. “A polícia de São Paulo não é assassina, é firme e legalista”, disse Alckmin para o petista.

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Depois, relembrou que recebeu o governo de um dos coordenadores de campanha de Skaf, Luiz Antônio Fleury Filho, que ocupava a cadeira no Palácio dos Bandeirantes antes da eleição do tucano Mário Covas em 1995. Alckmin era vice de Covas. “Quando o seu partido estava no poder, a polícia não tinha gasolina, não tinha bala, não tinha colete. Assumimos o governo e recuperamos a segurança de São Paulo.” 

Padilha insistiu que a sensação de insegurança aumentou entre a população e se espalhou para cidades menores do interior de São Paulo. “Eu criei o Mais Médicos, o senhor criou o ‘Mais Roubos’, o ‘Mais Crimes'”, alfinetou.

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De acordo com as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública divulgadas nesta segunda-feira, os homicídios subiram 6,8% no estado e 3,7% na capital paulista. O candidato do PMDB também aproveitou para criticar novamente os problemas de segurança. “Se o governador acha que a segurança está bem, então vivemos em dois estados diferentes.” 

Caixa d’água

A escassez de água enfrentada pelos paulistas também foi assunto em um dos blocos do debate, que foi realizado na sede do SBT em parceria com o jornal Folha de S.Paulo e a rádio Jovem Pan. Alexandre Padilha disse que, se eleito, não fará racionamento, mas investirá em opções alternativas do uso da água. Alckmin listou as obras feitas pelo seu governo e os programas de incentivo à economia de água. “Governador, esse seu discurso não enche a caixa d’água de ninguém”, afirmou o candidato petista. 

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Padilha repetiu a piada que fizera minutos antes. “Eu, que fiz o Mais Médicos, vou acabar com esse seu ‘Mais Racionamento'”. Alckmin rebateu dizendo que ele tinha que parar de “falar mal de São Paulo”.  

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Máscaras

Paulo Skaf questionou se o governador iria sancionar o projeto de lei que proíbe o uso das máscaras em manifestações. “Somos contra qualquer tipo de uso de máscara. Uma coisa é manifestação, outra é violência”, disse o governador, para depois afirmar que vai aprovar a lei nos próximos dias. Skaf concordou. “Eu, se estivesse no seu lugar, já teria sancionado. Quem usa máscara é porque quer fazer coisa errada.” 

Sobre o assunto, Gilberto Maringoni, do PSOL, também se colocou contra os mascarados e disse que os black blocs afastaram o povo das ruas. 

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Slogan repetido e ‘estrupadores’

O candidato do PHS e vereador de São Paulo Laércio Benko afirmou que, embora a vida das pessoas tenha melhorado no últimos anos “da porta de casa para dentro”, ele deseja essa melhoria na vida dos paulistas “da porta de casa para fora”. O mote é o mesmo usado pelo atual prefeito Fernando Haddad (PT) na campanha de 2012.

Enrolado, o candidato Gilberto Natalini (PV) cometeu um erro ao falar sobre o aumento do registro de estupros em São Paulo e criticou os “estrupadores”. 

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