Comerciantes de Artur Alvim reclamam do baixo movimento
Grades que separam o público para seguir direto para o estádio prejudicam o acesso dos clientes aos bares e lanchonetes das redondezas da Arena Corinthians
Ao contrário dos donos de bares da Vila Madalena, que colocaram grades nas portas para controlar o fluxo do público, os proprietários de estabelecimentos nos arredores da Arena Corinthians reclamam que os clientes não conseguem entrar e amargam uma queda no movimento. O motivo foram as grades instaladas pela prefeitura para fazer com que os torcedores sigam um caminho direto da saída do metrô até o estádio. Elas se encontram nas ruas Doutor Luis Aires e Doutor Campos Moura e impedem que os torcedores acessem a calçada e, consequentemente, bares e lanchonetes da região.
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O que ocorre é que quem passa por essa espécie de corredor fica afastado a cerca de 4 metros dos bares. E os comerciantes não podem se aproximar do público para vender. Bares e lanchonetes estão registrando movimento até 50% inferior em relação aos demais jogos. As grades foram colocadas pela primeira vez na partida da última segunda (23), entre Holanda e Chile, e seguem por ali. “Estragaram a nossa festa”, desabafa o comerciante José de Oliveira atrás da grade que separa seu bar, o Família Oliveira. Em frente ao local há duas fileiras delas com aproximadamente 2 metros entre elas, tornando impossível chegar lá sem fazer uma grande volta.
Funcionários do Metrô que arrumavam as grades enquanto a partida acontecia no Itaquerão afirmaram que elas ajudam a não sobrecarregar o sistema, fazendo com que as pessoas demorem mais tempo para chegar à estação e garantir que os trens e as plataformas não fiquem lotados de uma só vez.
Mas tanto comerciantes quanto moradores reclamam do movimento menor e das medidas tomadas. “Isso aqui estava uma festa. Não querem que as pessoas fiquem aqui, só querem que peguem o metrô de volta para a Vila Madalena”, diz o fotógrafo Carlos Bastos. “O melhor jogo foi entre Inglaterra e Uruguai. Isso aqui estava tomado de gente, e a caixinha era em dólar”, conta a vendedora Dalva Souza.
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