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Comerciantes da Amauri não querem ônibus circulando pela rua

Associação de moradores e comerciantes se dispôs a fazer melhorias na via e pediu a retirada dos coletivos

Por João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 19h30 - Publicado em 18 set 2009, 20h28

Os carros de luxo que circulam pelos 180 metros do trecho entre as avenidas Faria Lima e Nove de Julho da Rua Amauri, famosa pela alta concentração de restaurantes badalados, no Itaim Bibi, podem se livrar do fardo de dividir espaço com os ônibus. Ao menos essa é a expectativa da associação de moradores e comerciantes dali. A entidade, criada no ano passado, se dispôs a fazer uma série de melhorias na via e, em dezembro, pediu à prefeitura que retirasse os coletivos. “Nosso objetivo é melhorar o trânsito, que fica engarrafado com a grande quantidade de automóveis, ônibus e serviços de valet”, conta o empresário Paulo de Moraes. O problema se agrava quando algum cliente de um dos catorze restaurantes da região estaciona o carro no meio da rua para entregar a chave aos manobristas. “Aí, os motoristas dos ônibus metem a mão na buzina e irritam quem quer comer com tranquilidade”, afirma Giliard dos Santos, funcionário da empresa de valet Golf Park.

A Amauri começou a receber ônibus em 2004, após a inauguração do Túnel Max Feffer. Por causa de mudanças no cruzamento da Avenida Cidade Jardim com a Faria Lima, parte dos coletivos teve sua rota desviada. “Propomos fazer uma reforma para que os veículos possam voltar para lá”, diz Carlos Bettencourt, sócio do restaurante Trindade. A ausência de um ponto no trecho é outro argumento da associação para a saída dos grandalhões. Segundo a São Paulo Transportes (SPTrans), 150 coletivos cruzam a via por dia – ao passo que a Avenida Faria Lima recebe quase 6.000 no período. SPTrans e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda não deram seu parecer sobre o assunto.

Um a cada cinco minutos

– Nos horários de pico, um ônibus cruza a Rua Amauri a cada cinco minutos, enquanto sessenta coletivos fazem o mesmo na Avenida Faria Lima.

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– Quatro linhas de ônibus, sendo uma delas noturna, têm a rua em seus itinerários.

– 150 coletivos cruzam a via a cada 24 horas.

– Em 2008, a CET multou 3.396 carros na Amauri,  86% deles por estacionamento irregular.

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