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Começa em SP serviço de compartilhamento de bicicletas por 1 real

Serão, inicialmente, 500 bicicletas nos bairros de Pinheiros, Jardim Paulistano, Itaim Bibi e Vila Olímpia, além do Largo da Batata

Por Estadão Conteúdo
2 ago 2018, 12h07
 (Reprodução Instagram/Veja SP)
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Primeiro serviço de compartilhamento de bicicletas livres – ou seja, sem estações físicas – do Brasil, a Yellow lança hoje 500 bicicletas na Zona Oeste. Elas podem ser vistas nos bairros de Pinheiros, Jardim Paulistano, Itaim Bibi e Vila Olímpia, além do Largo da Batata. Com o ineditismo do sistema dockless (com autotrava), as bicicletas são monitoradas por GPS. Inicialmente, cada viagem de 15 minutos custará 1 real.

A partir da segunda quinzena de outubro, o plano é oferecer 1 500 bicicletas novas nas ruas, semanalmente, até que no fim de novembro a cidade tenha 20 000 amarelinhas espalhadas. Embora as bicicletas estejam circulando em toda a capital, podendo ser deixadas em qualquer ponto fora do centro expandido, a ideia da Yellow é liberar os veículos na periferia somente no início de 2019.

Em dois meses, as ruas terão mais bicicletas da Yellow do que dos outros dois sistemas de compartilhamento que operam há anos. Hoje o Bike Sampa (patrocinado pelo Itaú) tem 2 600  bikes em 260 estações. O Ciclosampa (com patrocínio do Bradesco Seguros) não quis informar o número, mas em setembro eram 170 bicicletas no rotativo em dezessete estações.

O mapeamento das bicicletas, o destravamento e o pagamento do novo serviço é feito por aplicativo de celular, via QR Code. O usuário precisará ter cartão de crédito para realizar o cadastro e a empresa ainda não aceita bilhete único. Há uma determinação da Prefeitura para que as empresas do serviço adotem esse pagamento – mas não existe um prazo até agora.

Por duas semanas, 150 bicicletas foram oferecidas para testes por um público selecionado pela empresa. Eduardo Musa, CEO e fundador da Yellow, diz que nas próximas duas semanas será possível observar os deslocamentos para então definir, a partir da demanda, os principais locais onde as bicicletas deverão ficar. Para orientar os usuários e fiscalizar o estacionamento, uma equipe de setenta funcionários com malas de ferramentas estará próxima dos veículos. Eles poderão fazer pequenas manutenções, como ajustar um pedal quebrado, fazer limpeza e lubrificar com graxa.

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Segundo Musa, a expectativa é de que o serviço seja utilizado em princípio por usuários do transporte público que trabalham no centro expandido. A ideia é que eles desçam do metrô, trem ou ônibus e complementem o trajeto até o trabalho com a dockless. Com baixo valor agregado e sem marchas, a bicicleta da Yellow foi pensada para trajetos curtos de até 3 quilômetros – percurso que, de acordo com o fundador, pode ser realizado em 15 minutos.

Outra expansão prevista pela Yellow são os patinetes elétricos. Na próxima semana, a empresa vai lançar um piloto. A expectativa é de liberar 1 000 patinetes até o fim do ano na capital.

Em 2017, o sistema de bikes sem estação enfrentou problemas de roubo em Paris e outras cidades francesas – onde o serviço foi descontinuado.

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De acordo com o fundador da Yellow, a empresa tem conversado com a Polícia Militar e a Secretaria da Segurança Pública para orientar sobre como agir em casos assim. “Mas as pessoas vão perceber rapidamente que roubar não tem muita utilidade. Primeiro, porque ela é travada e pesada para carregar. Além disso, as peças são únicas. A pessoa vai roubar a roda e não vai conseguir colocar em nenhum lugar. E a bicicleta tem GPS e o usuário não consegue saber onde está.”

Para Thiago Benicchio, gerente de transportes ativos do ITDP Brasil, “o poder público precisa acompanhar esses sistemas de forma mais efetiva, nos moldes do que a SPTrans (São Paulo Transporte) já faz com os ônibus”. “Algo a ser estimulado é que as bicicletas dockless estacionem como as motocicletas, na perpendicular da calçada. Não podemos prejudicar quem sempre é prejudicado, que no caso é o pedestre.”

Procurada, a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) informou que “as empresas são responsáveis por evitar que as bicicletas sejam deixadas em locais que dificultem a mobilidade de pedestres”. “No entanto, as estações virtuais podem ser colocadas em calçadas, desde que não atrapalhem o fluxo. A prefeitura prevê sanções como multa para quem descumprir essa regra.”

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As regras municipais datam de setembro. “Atualmente há cinco empresas credenciadas como operadoras: Tembici, Trunfo, Mobike, Serttel e Yellow. As duas primeiras já operam na cidade. Mobike e Serttel encontram-se em processo de adequação e operacionalização de seus sistemas dockless”, acrecentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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