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Charge do ‘Charlie Hebdo’ critica falta de água em São Paulo

Na semana passada, semanário francês publicou quadrinho sobre a crise hídrica 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h14 - Publicado em 29 jul 2015, 16h43
charlie hebdo
charlie hebdo (Reprodução / Charlie Hebdo/)
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A crise hídrica de São Paulo foi parar nas páginas do Charlie Hebdo. Na semana passada, o semanário francês publicou uma história em quadrinhos com uma crítica à política do governador Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com Laurent Sorisseau, o Riss, quadrinista responsável pela criação, o tucano deixa o cidadão que mora em favela mais tempo sem água do que aquele que mora em bairros de classe média. “Os cortes de água são medidos em horas nos bairros de classe média. No entanto, nas favelas, os cortes são medidos em dias”, aponta. 

Em janeiro deste ano, o Charlie Hebdo foi alvo de um atentado terrorista. Extremistas invadiram a redação do periódico em Paris e dispararam contra os jornalistas. Doze pessoas morreram. Riss foi um dos sobreviventes. A ação, segundo o grupo que assumiu a autoria do ataque, teve como objetivo se vigar das sátiras a Maomé publicadas pelo semanário.

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Na edição da semana passadam, a publicação destacou que, além do nível baixo dos reservatórios, a escassez de água causou grandes secas nos anos de 2013 e 2014. O cartunista ainda comenta os procedimentos adotados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para controlar a crise.

Segundo Riss, “a Sabesp reduz a pressão da água todos os dias. De 8 a 10 horas, a água é cortada”. A Sabesp adotou, no ano passado, a redução de pressão da rede de abastecimento, o que causou falta de água nas casas. Conforme a empresa, o objetivo é evitar perdas na rede e garantir uma economia maior.

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Riss também pontua os benefícios fiscais recebidos por grandes empresas. “No caso da indústria e a agricultura, que são as maiores consumidoras, quanto mais consomem, menos elas pagam”, diz o quadrinho. O francês ainda mostra que São Paulo é cortada por vários rios que foram concretados e que se transformaram em um esgoto a céu aberto.

“Um projeto em andamento quer ligar esses rios aos reservatórios para ampliar os volumes de água. O governador do estado responde a todas as contestações dizendo que ou é dessa forma ou não haverá mais água. As leis ambientais foram suspensas para a realização de procedimentos urgentes”. 

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Outra pauta que aparece no quadrinho é o escândalo da Petrobrás, ao destacar que a “gestão deplorável da água pela oposição em São Paulo permite fazer um pouco de diversão. Mas o problema é bem real”. No final da história, Riss conta que, apesar de a Sabesp não ter feito os investimentos necessários para diminuir a crise da água, a empresa “já tem ações na Bolsa de Valores de Nova York (EUA)”.

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