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Casal é rendido em assalto a residência no Morumbi

Criminosos fugiram com pertences das vítimas; patrulha policial foi recebida com tiros em Paraisópolis

Por Laura Pereira Lima
26 ago 2025, 12h05
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Rua Carangola, no Morumbi (Google Street View/Reprodução)
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Uma casa na rua Carangola, no Morumbi, em São Paulo, foi roubada na manhã desta terça-feira (26). Os criminosos invadiram um imóvel, renderam um casal e fugiram com pertences das vítimas, segundo informações preliminares da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Após o caso, uma equipe policial foi recebida a tiros na avenida Hebe Camargo, em Paraisópolis, durante um patrulhamento.

Até a publicação desse texto, não havia informações sobre presos ou feridos, segundo a SSP.

Assaltos em residências com métodos sofisticados geram alerta em vizinhanças

Síndico profissional, Giovanni Gallo, 38, administra três condomínios no Morumbi, bairro na Zona Sul que registrou nove casos de assalto a residências no primeiro trimestre deste ano, o maior número da cidade segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). Em todos, Gallo precisou adotar novas medidas para coibir possíveis invasões.

“Fazemos treinamentos e mantemos um grupo efetivo de comunicação que atualiza as ocorrências de golpes e quadrilhas atuando no entorno. Como estamos tendo casos de clonagem de placas de veículos e controles remotos, optamos por mesclar os meios de acesso. Assim, caso o criminoso obtenha a chave que permite abrir o primeiro portão, por exemplo, temos reconhecimento facial ou biometria no segundo”, compartilha. Vizinhos do bairro também se cotizaram para pagar custos de 30 000 mensais com segurança privada. Tais medidas refletem o receio de moradores de áreas ditas mais nobres com as últimas notícias de invasão a residências e condomínios.

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Na semana passada, a Polícia Civil de São Paulo prendeu um integrante de uma quadrilha especializada em furtos a condomínios de alto padrão, que confessou ter participado de quarenta invasões em bairros valorizados como Moema, Perdizes, Itaim Bibi, Vila Mariana, Pinheiros e Brooklin. Apesar das estatísticas da capital indicarem queda de 27% nos assaltos residenciais de janeiro a abril de 2025 (180), em comparação ao ano anterior (246), casos recentes geram alertas na população, principalmente pelo grau de especialização das quadrilhas.

Em 4 de junho, o engenheiro civil Francisco Paulo de Sebe Filippo, 57, foi assassinado dentro de casa, no Jardim Paulista, por criminosos que se valeram de um esquema sofisticado para a invasão: clonaram o controle da garagem usando um dispositivo que intercepta o sinal de radiofrequência. Em coletiva de imprensa no início do mês, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) afirmou que o grupo investigado pelo crime, do qual três suspeitos estão presos, possui expertise em assaltos a casas com uso de tecnologia.

Segundo o delegado Fábio Nelson Fernandes, da Divisão Antissequestro do Deic, os recursos tecnológicos não só impactam em todas as modalidades de crime, como na sofisticação deles. Ele lembrou do surgimento recente de golpes impulsionados por eles. “Com a criação do PIX, em 2021 surgiram os chamados ‘golpes do amor’, extorsão mediante sequestro via aplicativos de namoro. Logo depois, em 2023, veio uma modalidade na qual os criminosos atraíam caminhoneiros por meio de plataformas de frete para roubarem cargas”, exemplifica o delegado.

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Para lidar com o cenário, as polícias traçaram estratégias que incluem potencializar as investigações com uso de recursos arrojados. Um exemplo foi a parceria com a Google, anunciada no último dia 10 pela SSP, que permitirá às vítimas solicitarem à Polícia Militar o bloqueio remoto de celulares roubados, assim como pedir a localização dos dispositivos. A medida visa contribuir, inclusive, no combate a golpes que utilizam os dados digitais das pessoas assaltadas.

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(Veja SP/Veja SP)

A inserção da IA no cotidiano da sociedade faz com que surjam novos alertas. “Com a inteligência artificial generativa, os golpistas usam áudios e imagens das vítimas para fazer deepfakes e extorquir familiares e amigos”, alerta Elaine Coimbra, vice-presidente da Associação Brasileira de IA. A especialista em inovação digital também chama a atenção para a importância de educar a população, em especial a mais idosa, mais suscetível a esse tipo de armadilha — dados do Disque 100 apontam que metade das 74 200 denúncias de violação patrimonial feitas em 2023 envolveram vítimas com mais de 60 anos. “Hoje, está muito difícil identificar o deepfake, existe uma diferença sutil de iluminação e cor de pele. A voz parece extremamente real, infelizmente. Mas, se há uma mensagem de urgência e pânico vindo de um número desconhecido, desconfie”, alerta Elaine.

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