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Capital paulista tem verão menos chuvoso em 15 anos

Com a chegada do outono, que começa às 13h15 desta terça, a previsão é de queda nas temperaturas

Por Estadão Conteúdo
20 mar 2018, 10h05
Pedestres enfrentaram chuva na tarde desta segunda-feira (19), no Viaduto Santa Ifigênia, no centro de São Paulo (Cris Faga / Fox Press Photo / Estadão Conteúdo/Veja SP)
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O verão, que termina nesta terça-feira (20), foi o menos chuvoso em 15 anos na capital paulista. São Paulo teve cinquenta dias de chuva durante a estação, o que totalizou 572,3 milímetros de precipitação – 79% da média, considerando o período entre 1961 e 2017. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Este verão também foi um pouco menos quente do que o normal. Segundo o Inmet, a média das máximas registradas na cidade ficou em 28ºC – o menor valor em 10 anos. A mais baixa temperatura foi registrada no dia 8 de janeiro (16,5ºC).

Com a chegada do outono, que começa às 13h15 desta terça-feira, a previsão é de queda nas temperaturas. Em São Paulo, a mudança de estação ficará mais evidente a partir amanhã, com a chegada de uma frente fria, que deve trazer chuva à cidade. A previsão é de temperaturas entre 23 graus e 28 graus. Mas as primeiras massas de ar polar só devem chegar ao País no mês de maio.

A baixa quantidade de chuvas tem causado impacto nas represas do Estado. “Neste verão, tivemos muitos temporais, mas poucas chuvas localizadas, com vários dias consecutivos de instabilidade. São essas que alimentam os lençóis freáticos”, diz Ana Maria Heuminiski de Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Na tarde desta segunda-feira (19), a vazão do Rio Piracicaba, o principal da região de Campinas, era de 85,8 m³/s, conforme medição do Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Sais), abaixo da média histórica para março, de 126 m³/s. O Atibaia, principal responsável pelo abastecimento de Campinas, estava com 20,5 m³/s, 20% abaixo da média.

Segundo o Consórcio das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba Capivari e Jundiaí (PCJ), desde a crise de 2014, as prefeituras são orientadas a ampliar as reservas de água para evitar o racionamento durante o período de estiagem.

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