Minha única opção é lutar pela vida, diz Bruno Covas

Enquanto faz tratamento contra tumor agressivo, o prefeito mantém as rédeas da gestão e anuncia projetos para a cidade

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 nov 2019, 10h16 - Publicado em 7 nov 2019, 20h00
“Recebi o diagnóstico de uma doença, não uma sentença de morte”, Bruno Covas segue otimista em seu tratamento (Marcelo Justo/Veja SP)
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Uma semana depois do término da primeira sessão de quimioterapia para conter um câncer no trato digestivo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, 39, não sofre os efeitos muitas vezes devastadores da medicação. No lugar de tonturas e náuseas, sente um gosto permanente de remédio no céu da boca, fato que não lhe tira o paladar. No domingo (3), na companhia do amigo Fernando Padula, foi a um dos restaurantes do Hospital Sírio-Libanês, onde está desde 23 de outubro, e comeu cafta com coalhada. Como os médicos liberaram sua dieta sem restrições, Bruno tem recebido vários mimos no quarto, de esfiha a comida japonesa, um de seus pratos favoritos. Outra coisa que não tem faltado são visitas, mais de 100 por dia. A maioria é barrada na portaria por um dos quatro assessores de plantão destacados para garantir o sossego do prefeito — foi o que ocorreu com o vereador Eduardo Suplicy (PT), que esteve no local para entregar um exemplar de seu persistente “renda mínima”. O ex-governador Geraldo Alckmin teve tratamento diferente. Ao lado da esposa, Lu, passou cerca de meia hora com o paciente na sexta (1º) e levou de presente um livro de citações. “Gostei do oratório que montou. Brinquei dizendo que só falta o altar”, conta Alckmin, referindo-se às imagens de santos e personagens religiosos enviadas recentemente.

Quem consegue acesso a Covas (há sempre dois seguranças na porta do quarto) tem de respeitar algumas determinações: limpar as mãos com álcool em gel e não ultrapassar o tempo estabelecido pelo secretário executivo Gustavo Pires, responsável pela agenda do tucano desde que ele assumiu a prefeitura, em abril de 2018. Ocorrem algumas exceções, como a da última quinta-feira de outubro, quando 23 amigos do prefeito chegaram praticamente no mesmo instante para uma visita. Todo mundo foi atendido. “Veio gente de Santos, da escola, das faculdades em que estudei (USP e PUC). Esse carinho me ajuda muito”, diz o gestor da cidade, que recebeu a reportagem da Vejinha na terça-feira (5) pela manhã, vestindo bermuda, camisa de linho e meiões para o tratamento da trombose. Apresentando bom humor, mas um certo desconforto por estar há muitos dias em um ambiente hospitalar, o tucano tem sempre a companhia da mãe, Renata Covas Lopes, 64, que não desgruda do filho desde o primeiro dia de internação. Filha do ex-governador Mário Covas, Renata dorme em um sofá-cama em uma salinha no quarto do prefeito. O pai, Pedro, que mora em Santos, e o irmão, Gustavo, que reside em São Paulo, também estão ao seu lado. Divorciado, Bruno recebe a visita diária do filho, Tomás, de 14 anos, sempre depois da escola, no fim da tarde.

Bruno Covas e Geraldo Alckmin
O ex-governador Alckmin, com a esposa: livro de presente (Gildson Di Souza/Divulgação)

A rotina do número 1 da cidade mudou totalmente desde o dia 23 de outubro, quando foi internado para tratar de uma erisipela (infecção na pele). Aos poucos ele foi recebendo notícias cada vez mais desagradáveis. Primeiro foi diagnosticada uma trombose na perna direita, depois, uma embolia pulmonar e, posteriormente, um câncer na cárdia, região de transição entre o estômago e o esôfago, com metástase no fígado e nos linfonodos. Nesse momento, antes que a notícia fosse divulgada por sua assessoria, Covas ligou para a mãe. Na sequência, pegou o celular e disparou uma mensagem. “Amigos, após vários exames apareceu um tumor no sistema digestivo”, escreveu. “Conto com o apoio de todos vocês para vencer mais esse desafio.” Desde então, sua rotina mudou.

O dia a dia de Covas no hospital começa por volta das 7 da manhã e é baseado em três premissas: trabalho, tratamento e uma certa dose de diversão, não necessariamente nessa ordem. Nas horas vagas, ele tem aproveitado para pôr em dia suas séries favoritas. Atualmente está assistindo a duas: Peaky Blinders, na Netflix, e O Conto da Aia, no NOW. A música, presente em sua vida desde a adolescência, também o acompanha no período atual. Da caixa de som ele ouve, via Bluetooth, clássicos do rock, como Black Sabbath e AC/DC.

Bruno Covas
Imagens de santos que chegaram de vários cantos da cidade: fé na cura (Marcelo Justo/Veja SP)

No quesito trabalho, como optou por não licenciar-se da administração municipal (“não há espaço para escolha”), o prefeito determinou que todo o programa da gestão seja levado adiante. No dia a dia, Bruno lança mão de um tablet para assinar digitalmente toda a papelada da burocracia estatal, de nomeações e exonerações a pareceres e concretização de processos. “Sem o tablet, eu precisaria de um carrinho para carregar os papéis que o prefeito tem de assinar todos os dias”, afirma o chefe de gabinete, Vitor Sampaio. Por meio do equipamento, utilizado há cerca de dois meses, Covas também pode participar de videoconferências com seus subordinados. Diariamente, cinco ou seis secretários despacham com o chefe pessoalmente no hospital. O restante das demandas é desenrolado por WhatsApp. Quando há a necessidade de uma parada para avaliações médicas ou realização de procedimentos, o trabalho fica em segundo plano. “A prioridade é o tratamento.”

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Eduardo Tuma, vereador, doutor e pastor.
Eduardo Tuma, presidente da Câmara: “Bruno não vai se afastar” (Fernando Morais/Veja SP)

A despeito de a mudança de logística ser tratada como algo administrável, algumas rusgas antigas ganharam mais volume. Homem forte da gestão municipal, com o ingrato desafio de fazer a morosa máquina pública andar, o secretário de Governo, Mauro Ricardo, é alvo de críticas nos bastidores. Detentor da “tesoura” e responsável por cortes financeiros, Ricardo é visto por alguns colegas como uma pessoa difícil e dura demais. O prefeito contemporiza, e acredita que o profissionalismo do secretário e as circunstâncias atuais fizeram a turma se readequar às condições. “A fase de aperto financeiro acabou, e agora vamos cobrar o cumprimento das metas”, explica Covas. Até o anúncio da doença, a aprovação da gestão do prefeito exibia números pouco animadores. Pesquisa do Instituto Paraná, em setembro, mostrava que 43% dos paulistanos consideravam esta administração ruim ou péssima, em comparação com apenas 20,4% que a classificavam como ótima ou boa. Quando ele assumiu o cargo, no ano passado, sete entre dez paulistanos diziam não conhecê-lo.

No ano que vem, a cidade verá o cofre mais cheio para a realização de obras e entrega de grandes obras. Com orçamento de 68,9 bilhões de reais, 13,9% maior do que o deste ano, a administração tucana pretende apostar em inaugurações para construir uma marca. Entre as de maior visibilidade estão alguns projetos esquecidos, como a reforma de 43 quilômetros de corredores de ônibus, a recuperação de cinquenta viadutos e o investimento de 1,5 bilhão de reais em recapeamento, esse último o preferido de dez em cada dez prefeitos em ano eleitoral.

No campo das desestatizações, promessa do ex-prefeito João Doria, está a concessão do Autódromo de Interlagos e dos cemitérios. Nenhum projeto deverá fazer tanto barulho como a chamada Reestruturação da Administração Indireta, que será enviada à Câmara Municipal ainda em 2019. A proposta prevê a extinção de dez órgãos, como a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), a São Paulo Turismo (SPturis), o Ilume (responsável pela iluminação pública) e a Fundação Theatro Municipal. “A economia potencial para a cidade será de mais de 120 milhões de reais por ano”, promete o prefeito. “Os cargos comissionados serão extintos e os servidores concursados, realocados”, explica.

A imagem mostra Bruno Covas, em seu gabinete, de pé, com duas mãos sobre sua mesa e sorrindo para a câmera
Bruno, assim que assumiu a prefeitura, em 2018: Covas e Covas (Leo Martins/Veja SP)
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Outra questão a ser tratada com todo o cuidado é um possível afastamento de Bruno no ano que vem para algum procedimento visando à recuperação de sua saúde. Como será ano eleitoral e a cidade não dispõe de vice-prefeito (Covas era vice de Doria, que virou governador), quem assumir o mandato, a partir de abril, mesmo de forma temporária, não poderá concorrer ao mesmo cargo. Ou seja, se aceitar a vaga de Covas, o atual presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), que pode ter o posto renovado no fim do ano (o Legislativo tem eleições anuais para presidente), estaria impedido de se candidatar a vereador. Só poderia concorrer ao posto de prefeito. “O Bruno é meu amigo pessoal e tenho certeza de que ele não vai precisar deixar a prefeitura para realizar o tratamento”, desconversa Tuma. Se nenhum membro da Mesa Diretora se dispuser a assumir a empreitada, a gestão municipal terá de ficar a cargo de um membro do Judiciário que atue na cidade.

Enquanto a posse da chave da metrópole pode entrar em discussão a partir de abril, os candidatos às elei��ões de outubro começam a aparecer. O ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD), que abandonou o PSDB com a chegada de João Doria, se coloca na boca da urna desde já. “Vou disputar a eleição com o Bruno Covas, por isso torço por sua plena recuperação.” Outro postulante que se lançou à sucessão tem uma missão mais difícil. O deputado estadual Arthur do Val (DEM), conhecido como Mamãe Falei, precisa primeiro se acertar com seu partido. “Não posso sair da legenda, sob risco de perder o mandato”, diz, referindo-se à lei de fidelidade partidária, que veta a troca de legenda no meio do mandato. Outros pré-candidatos que estão na mesma situação são Joice Hasselman (PSL), que deixou de fazer parte da ala bolsonarista, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo). Procurados, os dois últimos não se pronunciaram.

Bruno Covas
Cavalcante (à esq.) e Covas: treinos para a nova realidade (Arquivo Pessoal/Reprodução/Veja SP)

Ao passo que se preocupa com o futuro de sua saúde e com o dia a dia da cidade, Bruno Covas faz planos para quando voltar ao batente no Edifício Matarazzo. Por recomendação do médico David Uip, ele terá de pôr o pé no freio da agenda pública, principalmente se o corpo clínico decidir-se por mais sessões de quimioterapia (a princípio serão três), radioterapia e eventual cirurgia. “Ele não deve ficar em lugares com aglomerações e precisa fugir das grandes movimentações”, diz Uip. Ex-gordinho (pesava mais de 100 quilos até três anos atrás, antes de mudar radicalmente de vida e de estilo — os cabelos foram embora junto com o excesso de peso), Covas praticava esporte cinco vezes por semana. “O Bruno é muito forte, um colosso, e muito bem focado. Eu ia ao gabinete dele e via latas de atum em cima da mesa”, afirma o personal trainer Juliano Cavalcante, que costuma postar em suas redes sociais os exercícios do cliente e amigo, seja na academia, nos Jardins, seja em parques, como o Ibirapuera. “Agora vamos manter uma atividade mais leve. Os exercícios vão auxiliá-lo nesse processo difícil.”

Mário Covas, ao lado dos netos
O prefeito (à esq.), ao lado do avô e do irmão: infância em Santos (Arquivo Pessoal/Reprodução/Veja SP)
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Nascido e criado em Santos, o prefeito é formado em direito pela USP e em economia pela PUC. Ele é o neto mais velho de Mário Covas, que foi prefeito, governador e senador. Na infância, o menino fazia campanha para o avô (levou bexigas para a escola durante a campanha ao Senado, em 1986). A relação de ambos se estreitou quando o rapaz, então com 14 anos, foi morar no Palácio dos Bandeirantes. Residiu com o avô até 2001, quando ele morreu, de câncer. Tendo herdado a prefeitura de Doria, em 2018, o neto do velho Covas tentava até agora tornar- se conhecido dos paulistanos. Isso ocorreu da pior forma possível, dada a grande exposição trazida pela doença. “Minha única opção é lutar pela vida.”

De frente com Bruno

O prefeito de São Paulo afirma que não pensou em deixar a gestão

O senhor cogitou esconder a doença em um primeiro momento? Não, de forma nenhuma. A população de São Paulo tem o direito de saber o que acontece com o prefeito desta cidade. Recebi o diagnóstico de uma doença, não uma sentença de morte.

E aventou a possibilidade de se afastar para se tratar? Não tive espaço para escolhas desse tipo. Se tenho condição física, tenho de ficar na prefeitura. Se não tenho, aí sim necessito sair para me tratar. Preciso ocupar minha cabeça com o trabalho.

Como lida com os comentários de que seu tratamento deveria ser custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)? Isso é uma grande bobagem. Ninguém reclama quando eu pago meu plano de saúde todo mês. Além disso, se eu fosse para o SUS, tiraria a vaga de alguém que precisa de tratamento gratuito. É como obrigar o filho do político a ir para escola pública ou comer no Bom Prato.

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O presidente Jair Bolsonaro ligou ou mandou mensagem? Não.

Faz falta? (Silêncio) Deixo essa opinião para você (risos).

E o governador João Doria? Ele liga todo dia e manda várias mensagens. Aliás, ele manda tanto vídeo do seu dia a dia no governo que eu fico olhando para ver se tem alguma mensagem para mim no meio de tudo.

Dá para responder a todas as mensagens que chegam? Recebo muita mensagem. De gente próxima, não tão próxima. Do pessoal da faculdade, do pessoal com quem convivi em época em que eu não era nada. Tem quem mande mensagem todo dia. Isso é muito gratificante.

Do que o prefeito Bruno Covas mais sente falta preso no hospital? Da rua, do contato com a população, de inaugurar uma unidade de saúde. É reconfortante ver as pessoas de perto.

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E no caso do cidadão Bruno? De ficar com meu filho.

O senhor virou um atleta nos últimos anos. Como está sem poder fazer exercícios no hospital? Faço fisioterapia uma vez por dia. Dou uma volta no corredor, faço um alongamento, mais para não ficar parado. Na volta para casa eu poderei fazer caminhada, bicicleta, esteira. Só preciso evitar colisões. Também não poderei carregar peso, por recomendação dos médicos.

Vai poder ir a inaugurações? Não poderei sofrer sangramento, nem fazendo a barba com lâmina, terei de usar apenas maquininha. Em vez de ir à inauguração, posso visitar a obra antes. Em atividades externas, por causa da imunidade baixa, o recomendado é que não haja muita gente.

De todas as santas e imagens que o senhor recebeu no hospital, existe alguma pela qual tenha devoção especial? Não. Gosto de todas. Mas nos próximos dias várias lideranças religiosas virão aqui me visitar.

Pretende fazer alguma promessa? Calma, ainda não. Deixe-me reagir ao tratamento primeiro, depois a gente agradece.

Segundo estatísticas, o tipo de câncer que acomete o senhor tem chances menores de cura. Como lidar com isso? O médico disse que tenho um câncer para tratar, não que eu tenho tanto tempo de vida. Nesse meio tempo pode acontecer de tudo.

O senhor tem medo da morte? Claro, quem não tem? É natural.

A imagem mostra um cemitério, a luz do dia. No corredor, há uma pessoa de cortas, andando contra direção da câmera, vestida inteira de preto.
22 cemitérios foram concedidos à iniciativa privada (Leo Martins/Veja SP)

Apostas para 2020

A prefeitura anuncia (e desanuncia) projetos para o próximo ano eleitoral

Cemitérios privados

Aprovada em agosto deste ano na Câmara, a concessão dos 22 cemitérios municipais deverá durar 35 anos. Quem assumir ficará responsável por gerir, operar e fazer a manutenção dos espaços, divididos em quatro lotes, incluindo os crematórios públicos.

Minha única opção é lutar pela vida, diz Bruno Covas
Prometido o fechamento parcial do Minhocão (Germano Lüders/Veja SP)

Era uma vez um Parque Minhocão

Prometido para o fim do ano que vem, o fechamento parcial do Elevado Presidente João Goulart não vai mais ocorrer. Agora, a gestão Covas promete construir os cinco acessos previstos e aumentar o alambrado. Nos fins de semana, quando o espaço é fechado para carros, estruturas temporárias, como bancos, serão instaladas. Para o ano que vem, a promessa é anunciar a concessão da parte de baixo e destiná-la a comércios, como bares e lanchonetes.

Largo do Arouche
Praça revitalizada é uma das promessas (Reinaldo Canato/Veja SP)

Um Arouche remodelado

As obras de revitalização do espaço deverão ser concluídas nos próximos meses. O projeto prevê a reforma e o nivelamento da calçada, além da instalação de bancos, bebedouros, lixeiras e paraciclos. Com um custo de 3,8 milhões de reais, a empreitada é tocada pela empresa Egis. O mercado das flores ficou de fora da renovação por falta de verba.

Autódromo de Interlagos
Expansão do entorno do Interlagos será feita com concessão (Bruno Niz/Veja SP)

Autódromo de Interlagos

Em vez de vender o espaço, inaugurado em 1940, a prefeitura decidiu conceder a área por 35 anos. No terreno, de 1 milhão de metros quadrados, maior que o Parque Villa-Lobos, a empresa poderá construir hotel ou shopping, desde que mantenha as pistas. O contrato deverá ser assinado em 2020.

Imagem exibe a fachada do Mercadão, no Centro da cidade.
Mercadão terá administração privada (Wsfurlan/Getty Images)

Mercadão com outro dono

O Mercado Municipal Paulistano, o popular Mercadão, no centro, deverá ser repassado à iniciativa privada por um período de 25 anos. O preço mínimo do leilão, que inclui o Mercado Kinjo Yamato, na mesma região, é de 26 milhões de reais. A expectativa é que o novo dono assuma os espaços já em 2020.

Outras promessas

12 Centros Educacionais Unificados (CEUs)

2 hospitais (Brasilândia e Parelheiros

25 000 novas moradias

35 000 vagas em creches

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 13 de novembro de 2019, edição nº 2660.

 

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