Blocos cariocas preparam festas na cidade
Bangalafumenga e Exalta Rei! desembarcam do Rio de Janeiro para animar a folia paulistana
O intercâmbio entre Rio de Janeiro e São Paulo anda cada vez mais intenso. Restaurantes, bares e baladas vêm ganhando terreno por lá, e vice-versa. Um recente fenômeno dessa ponte aérea ajuda ainda mais a suavizar a antiga rivalidade entre as duas cidades. Bastante tradicionais e capazes de reunir multidões, os blocos de rua da capital fluminense têm armado festas por aqui. Nos últimos meses, desembarcaram na metrópole os coletivos Orquestra Voadora e Sapucapeta. No sábado (11), há outras duas boas oportunidades para ter um gostinho do gingado carioca, com as apresentações dos músicos do Bangalafumenga e do Exalta Rei!.
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Pela primeira vez em São Paulo em um evento aberto, o grupo Bangalafumenga, apelidado de Banga, promete ferver as ruas ao redor da Vila Madalena. “Queremos trazer um pedaço do Rio para cá”, diz o mestre de bateria Thiago Di Sabbato. Durante a folia, juntam-se aos onze integrantes fixos 130 “batuqueiros” treinados nas oficinas de percussão da banda. Figuram no repertório sucessos de artistas como Gilberto Gil e Alceu Valença, além de composições próprias. Formado em 1998, o Banga costumava desfilar pelo bairro do Jardim Botânico. Para receber com mais conforto os cerca de 50.000 foliões que o seguem, neste ano passa a marcar presença no Aterro do Flamengo.
Com decoração repleta de máscaras, coroas e serpentina, o bar Pirajá, em Pinheiros, recebe pela segunda vez o bloco Exalta Rei!, na ativa desde 2009. No ano passado, o salão lotou e parte do pessoal precisou curtir a balada na calçada. No sábado (11), os nove músicos prometem se acomodar perto de uma janela, permitindo assim que todo mundo possa acompanhar o show. Durante duas horas, mandam ver em hits de Roberto Carlos, que inspirou o nome do grupo, e de outros reis da música, como Elvis Presley e Frank Sinatra. Tudo em ritmo de samba, é claro. “Percebi que os paulistanos são mais comportados”, afirma Gisele Andrade, uma das fundadoras do grupo. “Como na cidade há grande oferta cultural, o público é mais exigente, mas acho que conseguimos agradar com nossas versões de arranjos diferentes.”