Dez bares para saborear cervejas importadas
É possível encontrar bebidas de países como Austrália, Inglaterra e até Jamaica
Devido à aparência bem simplória, é daqueles lugares que não se dá a mínima ao passar em frente. Seu principal atrativo está longe do alcance do olhar: garrafas de 200 marcas, de vinte países, guardadas nos freezers. Há cervejas até da Rússia, caso da Baltika 8 Weiss (R$ 19,90), recém-incluída no cardápio. Além disso, oferece cinco opções de chope importado. Entre eles, o escuro Guinness (R$ 11,50) — patrimônio etílico da Irlanda —, o alemão HB Hofbräu (R$ 12,50) e o complexo e forte holandês La Trappe Quadrupel (R$ 19,50), com 10% de teor alcoólico.
Com viés de pub, o boteco do paulistano Luiz Antonio Sampaio, o Magrão, abriga um arsenal etílico de pelo menos setenta rótulos. Vale a pena consultar o proprietário, pois algumas das novidades costumam ficar de fora do cardápio. As sugestões variam da belga Lucifer (R$ 22,00) e da francesa Biere du Desert (R$ 16,00) — ambas claras e do tipo strong ale — à boa portuguesa Super Bock Abadia Gold (R$ 9,00). Preste atenção ainda na austríaca Samichlaus (R$ 32,00), tida como a lager (de baixa fermentação) mais forte do mundo, com 14% de álcool.
Capas de discos do sambista malandrão Bezerra da Silva (1927-2005) justificam o nome deste bar localizado na Vila Romana. Sua carta abriga 100 marcas. Duas delas são exclusivas: a Tuborg (R$ 14,90), da famosa cervejaria dinamarquesa fundada em 1873, e a boliviana Paceña (R$ 10,70). Quem preferir provar algo mais robusto não vai se decepcionar com a Strong Suffolk Vintage Ale (R$ 29,50). De origem britânica, essa encorpada bebida é envelhecida por dois anos em barril de carvalho.
Inaugurado no início do mês, o endereço nasceu de um site que faz entrega de biritas geladas na cidade. Além dos chopes importados Guinness (R$ 15,00) e La Trappe Quadrupel (R$ 18,00), oferece cerca de 170 cervejas. Vale ficar ligado na negra californiana Anderson Valley Oatmeal Stout (R$ 16,00), que traz aveia na composição, e na belga Kriek Boon (R$ 33,00), do tipo lambic, com cereja na receita. No piso superior, há um espaço para cursos sobre o assunto e fabricação de cerveja caseira.
Dona de espaçosas instalações, das quais faz parte uma aprazível área ao ar livre, dispõe de 234 rótulos, 158 deles importados. As garrafas ficam armazenadas numa câmara fria fabricada sob encomenda e localizada nos fundos do salão principal. Entre os dezenove países representados na carta, a Bélgica comparece com as veneradas Kwak (R$ 25,00), Orval (R$ 29,00) e Delirium Tremens (R$ 41,00). Outras boas sugestões são a bock de trigo alemã Schneider Aventinus (R$ 23,00) e a Theresianer Pale Ale (R$ 18,00), uma italiana de amargor pronunciado.
Apesar das muitas garrafas de aguardente à vista, são as cervejas a principal atração etílica do lugar, que imita um armazém de cidadezinha do interior de Minas Gerais. Quase 100 rótulos, de dezesseis países, compõem o cardápio, a exemplo da frutada belga Gouden Carolus Hopsinjoor (R$ 29,00), que leva quatro tipos de lúpulo. Atente-se também para a encorpada mineira Wäls Quadruppel (R$ 24,00). A lista inclui ainda a espanhola Voll-Damm Do ble Malta (R$ 15,00).
O endereço pioneiro do segmento possui um dos maiores acervos de cerveja da cidade, com mais de 300 rótulos. Suas paredes são cobertas de garrafas, latas, pôsteres, placas, luminosos, bandejas e bolachas de chope, numa incrível coleção reunida pelos donos, Cassio Piccolo e Norberto D’Oliveira. Novidade no pedaço, a Infinium (R$ 95,00), parceria da cervejaria alemã Weihenstephan com a americana Samuel Adams, é uma strong ale efervescente, que deve ser degustada em taça de champanhe. Para bolsos mais comedidos, a boa-nova se chama Spitfire Premium Kentish Ale (R$ 26,00) e foi elaborada pela mais antiga cervejaria da Inglaterra, a Shepherd Neame, fundada em 1698.
Sua carta de cervejas foi eleita nos últimos dois anos a melhor da cidade pelo júri da edição especial “Comer & Beber”, de VEJA SÃO PAULO. Um dos sócios, o expert Eduardo Passarelli (responsável pela seleção de 150 rótulos), costuma degustar as novidades antes de incluí-las no menu. Nele constam garrafas exclusivas e de importação própria, como as da microcervejaria americana Sherwood Forest (R$ 16,00). A Maiden’s Ale, por exemplo, tem um toque de blueberry, e a Archer’s, uma balanceada presença de lúpulo (que confere amargor à bebida). Vale provar também a inglesa Young’s Double Chocolate Stout (R$ 29,00), com sabor de chocolate amargo.
Este autêntico pub agrada pela variedade. Além de três excelentes chopes importados — Guinness, Old Speckled Hen (R$ 15,00 cada um) e Newcastle Brown Ale (R$ 16,00) —, alinha setenta cervejas, a maioria britânica. Para quem aprecia fortes e amargas, duas dicas: a inglesa Fuller’s London Pride (R$ 27,00) e a irlandesa Wexford Cream Ale (R$ 17,00). Produzida para celebrar o bicentenário da Batalha de Trafalgar (em 1805, na qual os ingleses derrotaram a esquadra napoleônica), a ruiva Bateman’s Victory Ale (R$ 27,00) segue o estilo pale ale, mas traz toques frutados.
A enorme padaria do Brooklin atrai aficionados de loiras, morenas e ruivas geladas com um acervo de 100 marcas. Suas garrafas ficam expostas numa gôndola refrigerada e numa estante circular de madeira, o que permite examiná-las antes de abri-las. Estão disponíveis opções interessantes, entre elas a catarinense Opa Pale Ale (R$ 15,90), a austríaca de trigo Edelweiss (R$ 14,90) e a ruiva inglesa Batemans XXXB (R$ 23,90). A lista traz ainda títulos da Lituânia (ex-república soviética), como a robusta Utenos Porter (R$ 23,90).